estudos bíblicos
Entenda a função social dos sacerdotes
Estudo bíblico sobre as funções sociais dos sacerdotes: clínicas, sanitárias e jurídicas.

Os levitas estavam divididos em três classes: levitas, sacerdotes e sumos sacerdotes. As funções dos levitas (homens assistentes do culto) e dos sumos sacerdotes (autoridades religiosas superiores).
Nos debruçaremos sobre a função dos sacerdotes, especialmente no que concerne às suas atribuições sociais ou comunitárias. Como destaca Christopher Wright, “os sacerdotes eram pessoas bastante ocupadas no Israel do AT! Além de seus deveres no santuário e de serem professores da lei, também atuavam como inspetores de saúde pública” [1].
Funções clínicas
O porquê do acúmulo destas funções clínicas, sanitaristas e jurídicas por parte dos sacerdotes de Israel? A nota da Bíblia de Estudo Pentecostal é digna de ser mencionada aqui:
“Os caps. 11 – 15 [de Levítico] expressam a solicitude de Deus pela saúde física e bem-estar do seu povo. Os povos antigos, vizinhos de Israel, nada sabiam a respeito de higiene, saneamento, a importância de lavar-se, a prevenção de doenças infecciosas, nem dispensavam cuidados adequados aos pobres e enfermos. As leis de Deus promoveram o interesse por essas coisas e predispuseram o povo a uma vida santa e a considerar que Deus é santo” [2]
Doenças de pele no mundo antigo
A Bíblia menciona várias categorias de problemas relacionados com doenças de pele. Geralmente a Bíblia não faz distinção entre elas, como a medicina moderna o faz. Então é comum que a palavra lepra na Bíblia seja usada para designar uma diversidade de doenças na pele, como:
- Feridas purulentas ou com fluxo (Lv 21.20);
- Sarna (Dt 28.27), doenças causadas por infestação de fungos (e.g., a infecção cutânea), eczema e doenças parasitárias (e.g., escabiose);
- Furúnculos, erupções da pele e/ou inchaços (Ex 9.9,10; Lv 13.2; Jó 2.7; Is 38.21);
- Verrugas (Lv 22.22)
- A doença tradicionalmente interpretada como “lepra” (Nm 12.10; 2Cr 26.19).
Lepra e pecado
Quando alguém sofria de uma doença da pele, significava que estava cerimonialmente impuro, mas não necessariamente que estava em pecado. A doença na pele não era necessariamente uma indicação do castigo de Deus, nem a impureza física para a adoração significava falha moral ou de caráter.
Em certos momentos, porém, Deus decidiu causar tais doenças como consequência de pecados específicos (por exemplo, o faraó, em Ex 9.8-12; Miriã, em Nm 12.10; Uzias [ou Azarias], em 2Re 15.5). Como destaca Charles Ryre [3], “lepra” era uma termo derivado de um radical que significa “golpear”, e quando encarado como um golpe de Deus, era tido como detestável e associado a estigmas e preconceitos, sugerindo fortemente que talvez constituísse uma figura do pecado (Is 1.6; Sl 51.7).
Isolamento social
Os leprosos eram separados da família e dos amigos e retirados do acampamento. Proteger a família da possibilidade de contágio bem como reafirmar a santidade e pureza necessários ao povo do Senhor (e evitar o contato do impuro com as coisas santas de Deus), eram as principais razões para esse isolamento. O texto bíblico é contundente:
“Quem ficar leproso, apresentando quaisquer desses sintomas, usará roupas rasgadas, andará descabelado, cobrirá a parte inferior do rosto e gritará: ‘Impuro! Impuro!’. Enquanto tiver a doença, estará impuro. Viverá separado, fora do acampamento” (Lv 13.45,46).
Uma vez que os sacerdotes eram responsáveis pela saúde de todo o arraial, era deles a tarefa de expulsar ou readmitir os leprosos. Se a lepra de alguém aparentava ter desaparecido, apenas o sacerdote poderia julgar se a pessoa estava realmente curada.
Na Bíblia, a lepra costuma ser uma ilustração do pecado, por ser este contagioso, destrutivo e conduzir à separação do homem e Deus, impedindo-o de oferecer adoração a Deus.
Rituais de purificação
Levítico 14 descreve os rituais de purificação, não rituais de cura. Ou seja, são rituais para reingresso da pessoa que outrora estivera enferma. Não há instruções quanto ao tratamento médico dos leprosos.
O ritual complexo de purificação de um leproso, após diagnóstico de cura, envolvia duas aves, uma a ser morta como símbolo de purificação e a outra a ser como símbolo da liberdade recém-encontrada pelo indivíduo (v.4-7); as outras partes do ritual eram a raspagem e lavagem (v. 8-9) e a apresentação de ofertas pela culpa, pelo pecado, holocausto e de manjares (vv. 12,13,21).
O sangue aplicado à orelha, à mão e ao pé significa que a pessoa se encontrava inteiramente purificada.

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