sociedade
Escola na Judéia treina sacerdotes para o Terceiro Templo
Local exibe pedras apropriadas para o altar e instrumentos permitidos aos Levitas.
Uma escola incomum nas montanhas da Judéia prepara sacerdotes para atuarem no Terceiro Templo, em Israel. A escola é dirigida por Yoni Tzadok, que afirma que um dos requisitos para entrar no Templo será falar a “Língua Sagrada”, uma linguagem anterior ao hebraico, que remota a Torre de Babel.
Tzadok está envolvido em diversos projetos focados nos preparativos para os serviços nos templos, mas gera polêmica entre estudiosos da Torá por seus esforços considerados não convencionais, mas que lançam luz ao debate sobre assuntos pertinentes para a atuação no lugar sagrado para o Judaísmo.
A escola que ele dirige tem justamente o objetivo de promover a causa do Terceiro Templo, focada na educação de Kohanim (homens judeus da casta sacerdotal) e Leviim (homems judeus da Tribo de Levi) que servirão nos serviços do local religioso.
Ao Israel 365 News, Tzadok se refere à escola como “Bet Ha Moked”, a seção do Templo na qual os Kohanim permaneciam durante sua semana anual de serviço.
“Minha escola está aberta para qualquer pessoa”, explicou Tzadok. “Não apenas Kohanim e Leviim, e não apenas para judeus. Muçulmano ou cristão, este é o próximo estágio do mundo, então todos devem se preparar”, defende.
Na entrada da escola chamada Bet HaLeviim (a casa dos Levitas), fica exposto uma coleção de pedras que, segundo Tzadok, são adequadas para uso na construção do altar, onde são queimados os sacrifícios para Deus. Há também uma exibição dos instrumentos musicais únicos que eram usados no serviço do Templo.
“Nada sobre estes, os instrumentos e as pedras, pode vir do ferro”, explicou Tzadok, citando a seção da Mishna (lei oral) intitulada Kelim (ferramentas / instrumentos). “Alguns são feitos de ossos de animais e estamos ensinando como usá-los”, continuou.
Segundo Tzadok, havia outro aspecto importante do Templo que ele busca compartilhar, que era o conhecimento completo sobre pureza e impureza ritual. Ele explica que isso é necessário para que possam saber quem pode entrar e quem não pode entrar no lugar sagrado.
“É importante saber quem pode entrar no Bet HaMikdash (Templo) e quem não pode”, explicou Tzadok. “Por exemplo, se um homem chega ao Templo, antes de entrar, eles devem perguntar-lhe como ele chegou. Se ele disse que veio de ônibus, não pode entrar porque o ônibus é, por padrão, ritualmente impuro. Portanto, deve haver guardas na entrada do Templo para garantir a pureza dos sacrifícios.”
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