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Ex-pastor defende Moraes e provoca reação de evangélicos

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Ex-pastor defende Moraes e provoca reação de líderes evangélicos
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Na noite de segunda-feira, 30 de julho de 2025, o ex-pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa utilizou a rede social X para declarar apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A manifestação ocorreu após o anúncio de que Moraes foi incluído na lista de sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, no âmbito da chamada Lei Magnitsky, instrumento que permite a punição de autoridades estrangeiras acusadas de envolvimento em graves violações dos direitos humanos.

Antônio Carlos Costa, que renunciou ao ministério pastoral da Igreja Presbiteriana do Brasil em novembro de 2023, afirmou:

“Quero declarar publicamente minha total solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. O Estado brasileiro tem o dever de protegê-lo. E o povo, a responsabilidade de fazê-lo sentir-se amparado. Se há algo a ser discutido em nossa democracia, que seja nos marcos da Constituição, jamais sob a chantagem imperialista de um presidente estrangeiro”.

A declaração repercutiu de forma negativa entre diversos líderes evangélicos, inclusive entre os que já mantinham reservas quanto ao posicionamento político progressista adotado por Costa nos últimos anos. A sanção contra Moraes, vista por setores conservadores como um alerta internacional sobre os abusos cometidos pelo ministro, acentuou a polarização dentro do meio cristão.

O pastor Pedro Pamplona, da Igreja Batista Filadélfia de Fortaleza (CE), respondeu de maneira breve, com uma expressão nordestina que sintetizou sua surpresa: “Peraí maxo (sic)”.

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Já o pastor Jack, da Igreja Vintage, em Porto Alegre (RS), lançou uma crítica mais simbólica, comparando a atitude de Costa à submissão profética ao poder político: “O profeta se aliou ao rei. Triste.”

A reação mais contundente, no entanto, veio do pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança em Niterói (RJ). Em tom de ironia, ele criticou diretamente o apoio público prestado por Costa ao ministro:

“Antônio Carlos Costa está indignado com a sanção da lei Magnitsky em Alexandre de Moraes. Ele pediu inclusive que o povo amparasse o ministro. Agora, vou dar uma sugestão ao Antônio: faça um protesto público na praia de Copacabana, fixe na areia um boneco do ministro e espere o apoio popular. Vamos ver o que vai acontecer”.

A Lei Magnitsky, originalmente criada nos Estados Unidos em 2012 e estendida a outros países nos anos seguintes, tem como propósito punir indivíduos envolvidos em corrupção e violação dos direitos humanos. A aplicação da lei contra o ministro Moraes foi interpretada por críticos como um reconhecimento internacional das alegadas arbitrariedades cometidas no exercício de sua função, especialmente nas decisões relacionadas a liberdades individuais e censura nas redes sociais.

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Desde que deixou o ministério pastoral, Antônio Carlos Costa tem se dedicado à militância política através da ONG Rio de Paz, sendo frequentemente criticado por adotar posturas alinhadas à esquerda política. Seu apoio ao ministro Moraes, neste contexto, foi entendido como uma ampliação desse alinhamento, o que o distanciou ainda mais de lideranças evangélicas tradicionais.

A reação dentro do meio cristão também reflete uma preocupação maior sobre a percepção internacional da atuação do Supremo Tribunal Federal. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes não comentou publicamente a sanção.

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