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Homem que estimula crianças a adoração satânica será investigado

Vídeos mostram homem incentivando pequenos a invocar satanás.

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Falsa Elsa de Frozen
Falsa Elsa de Frozen (Foto: Reprodução/YouTube)

Depois da repercussão de vídeos de um homem usando filtro do TikTok para transmitir mensagens para crianças, incluindo incentivo para adoração satânica e desobediência, a Polícia Civil do Distrito Federal decidiu investigar o autor.

Nos vídeos, o influenciador Henry Walnut, de 30 anos, usa um filtro e se identifica como Elsa, do filme “Frozen”, da Disney, para ensinar as crianças a fazerem coisas erradas, incluindo prática do satanismo e posicionamento político indevido.

Em um dos vídeos, usando uma voz infantilizada, o autor diz para as crianças que vai ensinar elas a fazer uma arte, convidado para desenhar o pentagrama invertido, símbolo do satanismo e da magia negra. “Oi, crianças! Sou eu, a Elsa. Hoje vou ensinar a vocês a fazerem uma arte muito bonita na casa de vocês. Vamos aprender?”, disse.

“Para isso, vamos precisar de canetinha e molho de tomate. Com a canetinha, vocês vão desenhar várias estrelas como essas (pentagramas) nas paredes da casa de vocês. Vocês puderam perceber que a pontinha tá virada pra baixo? E, com o molho de tomate, vocês vão contornar o desenho. Se alguém perguntar por que vocês fizeram isso, vão responder: ‘pela glória de Satã, é claro!'”, afirma.

Henry Walnut conta com mais de 670 mil seguidores na plataforma, e seus vídeos seriam, supostamente, uma forma de deboche da fé, mas que acabam fazendo apologia para as crianças mudarem seu comportamento, inclusive ensinando a consumir com objetos de valor dos adultos.

Outro vídeo mostra a falsa Elsa ensinando as crianças a realizar um “ritual”, onde deve acender uma vela, colocando em risco a integridade física dos pequenos, e se enrolar em um lençol branco para caminhar pela casa sussurrando “várias palavras bem baixinho”.

“E assim que alguém perguntar ‘por que você está fazendo isso?’, você vai responder: ‘A alma dessa criança agora pertence a mim’”, incentivou.

Investigação

Os investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) afirmam que o conteúdo dos vídeos “beira a prática de delitos”, já que faz apologia de crimes.

“O vídeo beira a prática de delitos, principalmente no que diz respeito à apologia de crimes. Com certeza, é um péssimo conteúdo, que nenhuma rede social gostaria de hospedar”, observou o delegado-chefe Giancarlos Zuliane.

O influenciador afirmou que já está em contato com advogados e que vem sofrendo ameaças de morte, o que o levou a registrar boletim de ocorrência em São Paulo, onde reside.

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