Igreja Ortodoxa é acusada e apoiar perseguição religiosa russa na Ucrânia

A Rússia está promovendo uma série de ataques violentos e perseguição religiosa na Ucrânia ocupada, contando com o apoio de líderes da Igreja Ortodoxa Russa, alerta David Curry, um destacado defensor internacional da liberdade religiosa e chefe do grupo Global Christian Relief.

De acordo com o Christian Post, desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, várias igrejas foram alvo de ataques e líderes religiosos têm sido perseguidos no país. Muitos líderes da Igreja Ortodoxa Russa acreditam que a invasão tem uma inspiração divina, o que justifica os ataques contra pastores e igrejas, conforme explica Curry.

Em maio, chamou a atenção o caso da Igreja Evangélica Cristã Ucraniana da Santíssima Trindade em Mariupol, que foi tomada por soldados russos. A situação se agravou ainda mais após a expulsão do clero da igreja, seguida pela permanência de 30 soldados no local, próximo a prédios residenciais ocupados.

Relatórios do Instituto Ucraniano de Liberdade Religiosa revelam que desde o início da invasão russa, quase 500 edifícios religiosos, instituições teológicas e locais sagrados foram destruídos, danificados ou saqueados pelas forças militares russas. Além disso, 26 líderes religiosos foram assassinados e outros foram torturados e presos pelo regime russo.

Curry destaca a importância de unir líderes religiosos dos dois lados, buscando orar juntos e construir confiança em meio à guerra. Ele acredita que é fundamental estabelecer diálogo e relacionamentos entre as diferentes comunidades de fé, especialmente em tempos de crise.

O patriarca de Moscou, líder da Igreja Ortodoxa Russa, tem apoiado a guerra e acusado os “inimigos” de tentarem destruir a unidade entre Rússia e Ucrânia. Além disso, os líderes russos consideram ilegítima a Igreja Ortodoxa da Ucrânia, o que tem sido usado como pretexto para justificar a invasão.

As preocupações com a perseguição religiosa na Ucrânia têm sido compartilhadas com autoridades dos Estados Unidos, incluindo o Embaixador Geral para a Liberdade Religiosa Internacional e o Secretário de Estado. A Global Christian Relief também pediu ao sistema judicial internacional que considere esses crimes.

O Departamento de Estado dos EUA classifica a Rússia como um país de particular preocupação devido às suas violações da liberdade religiosa, o que resultou em imposição de sanções econômicas e tarifas por parte dos EUA. Em meio à crise, líderes religiosos têm uma responsabilidade importante de construir laços e relações entre suas comunidades para fomentar a compreensão mútua e buscar soluções pacíficas.