Índia: missionários detidos aguardam decisão da Justiça

Na última quinta-feira, 2 de janeiro, advogados da Junta de Missões Mundiais na Índia protocolaram um pedido de soltura para três missionários batistas indianos e dois cristãos convertidos.

A ação foi confirmada pelo pastor João Marcos Barreto Soares, diretor da agência missionária vinculada à Convenção Batista Brasileira, que, em declaração publicada em suas redes sociais, pediu orações pela libertação dos detidos. “Ainda não temos resposta e, por isso, solicitamos que continuem orando”, afirmou o pastor.

Soares também ressaltou a importância de intercessão e gratidão pelo bem-estar dos presos. “Ore para que fiquem firmes e testemunhem do amor de Cristo”, acrescentou.

Os missionários e os dois convertidos foram detidos enquanto evangelizavam em uma vila de maioria hindu. De acordo com o pastor, o grupo foi abordado por extremistas hindus que, acompanhados por policiais, efetuaram as prisões, segundo informações da revista Comunhão.

A Índia enfrenta um cenário crescente de hostilidade contra cristãos, intensificado pelas leis anticonversão adotadas em vários estados. Essas legislações têm servido como base para acusações, ameaças e até atos de violência contra seguidores de Jesus. Paralelamente, iniciativas como as campanhas “ghar wapsi” (volta para casa, em hindi) pressionam convertidos ao cristianismo a retornarem ao hinduísmo.

A perseguição religiosa no país é motivada por fatores como nacionalismo religioso, opressão étnica e familiar e controle estatal. Entre os principais agentes dessa repressão estão líderes religiosos não cristãos, grupos extremistas, autoridades governamentais e familiares. Atualmente, a Índia ocupa a 11ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, elaborada pela organização Portas Abertas, que monitora os 50 países mais perigosos para cristãos.