estudos bíblicos
Introdução ao livro de Levítico
Autoria, data, canonicidade, propósito do livro escrito por Moisés.
Cristo prefigurado em Levítico
Quer fossem bois jovens, grãos, cabritos ou ovelhas, as ofertas sacrificiais tinham de ser perfeitas, sem defeito ou manchas, simbolizando o sacrifício perfeito e definitivo que estava por vir – Jesus Cristo, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), e que “é a propiciação pelos nossos pecados. E não somente os nossos, mas os do mundo inteiro” (1Jo 2.1,2).
A verdadeira adoração cristã tem no sacrifício vicário de Cristo seu elemento fundante. Não haveria adoração aceitável a Deus se não houvesse o sacrifício de Cristo! Não há aproximação do Pai, se não passarmos primeiro pelo Filho – “ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14.6). Esta é uma das mais vigorosas declarações de Cristo, que o identificam como o controle de fronteira para o santuário de Deus que é a Igreja e para o santíssimo lugar que é a própria presença de Deus habitando no crente aqui e o desfruto da glória suprema na eternidade porvir.
Como adverte William MacDonald, “se entendermos as instruções [de Levítico] como meros detalhes descritivos dos rituais de sacrifício dos judeus da Antiguidade ou como leis para manter a santidade na vida cotidiana e a separação em relação aos povos pagãos, limitaremos a benção advinda de uma compreensão correta dessas instruções. Todavia, se percebermos que todos os detalhes sobre os sacrifícios simbolizam a perfeição de Cristo e sua obra, então haverá muito sobre o que meditar”[6]. Cristo, portanto, deverá ser nossa chave hermenêutica para o livro de Levítico, sem, contudo, deixarmos de perceber seu valor histórico e legal para as gerações israelitas que precederam o advento do Senhor Jesus.