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Juiz da Suprema Corte decide remover suporte à vida de garoto

Pais tentam manter aparelhos ligados para que o filho tenha chances de sobreviver.

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Archie Battersbee (Foto: Reprodução/Instagram)

Um juiz da Suprema Corte da Inglaterra decidiu que o garoto Archie Battersbee deve ter seu suporte à vida removido, afirmando que esse é o “melhor interesse” para o garoto e que o tratamento adicional seria “fútil”.

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Informações médicas afirmam que menino de 12 anos no centro de uma disputa de suporte à vida, está com quadro “irreversível” e provavelmente não irá se recuperar.

De acordo com a BBC News, os pais recorreram da decisão do juiz. Hollie Dance, a mãe, relatou acreditar que Archie estava “lutando” para viver.

Uma nova audiência na Suprema Corte está sendo supervisionada pelo juiz Hayden. Inclusive, o juiz em questão, afirmou que pretende dar uma decisão a respeito de quais medidas eram interessantes a Archie.

Archie foi encontrado em casa dia 07 de abril e, desde lá, não recuperou a consciência. A mãe acredita que ele esteja participando de um desafio online.

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A equipe médica de Royal London Hospital, que realizou o primeiro tratamento, disse que Archie estava com “morte cerebral” e por isso, o aparelho deveria ser desconectado.

Os advogados que representam Barts Health NHS Trust, relataram ao juiz Hayden que Archie sofreu uma lesão cerebral “devastadora” e, os especialistas não acreditam que era de pertinente continuar o tratamento.

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“Tudo o que o tratamento pode fazer é atrasar o resultado inevitável” disse Martin Westgate aos médicos que o tratavam.

Argumentou ainda que o tratamento realizado de maneira contínua era “pesado”, “sem dignidade” e “moralmente desgastante”.

O representante dos pais de Archie, Ian Wise QC, disse ao juiz Hayden que anseia por melhoras do jovem e que ele fizesse “algum tipo de recuperação”. Argumentou também sobre o tratamento contínuo e defendeu que ele não é “inútil”.

Hallie Dance, a mãe de Archie, disse ao juiz que estava completamente confiante de que o menino gostaria que o tratamento tivesse continuidade.

“Se Archie desistir de lutar contra sua doença e morrer, eu posso aceitar isso,

mas se desligarmos o ventilador, sabendo que Archie vai morrer, não posso concordar com isso. Aquele garotinho está lutando na minha opinião. Ele não pode falar, ele está inconsciente” argumentou ela.

“Eu sou a voz dele. Eu vou lutar por ele até que Archie decida que eu posso parar de lutar. Se for a vontade de Deus e Archie quiser desistir, então deixe a natureza seguir seu curso” finalizou.

Ian Wise, defendeu a ideia de que Archie gostaria de uma morte “natural” e não “induzida”. Disse ainda, que os pais do menino aceitariam que ele não fosse “ressuscitado” caso sofresse uma parada cardíaca.

Entretanto, ele acrescentou que a família acreditava que nesse “intervalo”, Archie tinha uma “vida digna a ser vivida”.

“Nessas circunstâncias, eles não veem necessidade de precipitar sua morte”, disse o advogado.

Em junho, na audiência anterior, a juíza Arbuthnot decidiu que o menino Archie tinha morrido e que os médicos estavam autorizados legalmente para pausar o tratamento.

Os pais de Archie refutaram essa decisão, pois disseram acreditar que o coração dele estava batendo e, por isso, o tratamento deveria continuar.

Após contestar a decisão no Tribunal de Apelação, três juízes decidiram que as provas a respeito do que é melhor para Archie deveriam ser reconsideradas por outro juiz do Tribunal Superior.

Naquela ocasião, o então advogado da família, Edward Devereux QC, disse que as evidências não manifestaram “além de qualquer dúvida” de que o menino Archie estava morto.

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