opinião
A Lei como revelação de Deus
“E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” Gl 3.11
Caros leitores, amigos e irmãos em Cristo, quero compartilhar um capítulo do meu livro recém-lançado pela editora Reflexão que trata sobre a relação entre lei e graça, que acredito ser uma questão relevante dentro do universo da cristandade e que todo crente irá se deparar com indagações a respeito, sobre a aplicabilidade da lei ou mandamentos do Antigo Testamento, sua utilidade e atual vigência ou não, sobretudo dos preceitos morais, para os crentes neotestamentários.
São muito frequentes questões como: por que guardar mandamentos? A quais mandamentos devo guardar? Por que guardar a uns e não a todos? Somos mortos para a lei? A lei foi abolida por Cristo?
O livro tem o objetivo de responder as questão fundamentais, como e por quê da lei, saindo do reducionismo comum do tipo “sábado ou domingo?” e apresentando uma visão ampla a respeito do tema.
Espero que gostem da leitura e que seja uma benção a todos. Segue:
CAPÍTULO 8: A LEI É COMO UM ESPELHO
“E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” Gl 3.11 (grifo nosso)
É muito comum pessoas acreditarem que os dez mandamentos são uma lista de normas que devem ser perseguidas ardentemente, como algo que deve ser fixado na porta do quarto ou da geladeira para que sempre possamos nos lembrar deles e que vivamos por observá‑los minuciosamente, sob pena de não sermos salvos, ou ainda, que podemos ser declarados justos diante de Deus (justificados) a partir da observância da lei.
Percebemos que os Israelitas receberem os mandamentos com este exato pensamento e acreditando poder observá‑los e assim obter uma justiça (justificação) a partir deles, vejamos:
“E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.” Ex 19.7‑8 (grifo nosso)
É como se o povo dissesse: “O que Deus mandar cumpriremos. Sem problema, assim seremos justos diante de Dele”. Com uma rápida exposição dos mandamentos no capítulo anterior cremos que foi possível perceber que não há nenhum homem que não tenha quebrado pelo menos a um mandamento, que não há um só homem que não tenha transgredido a lei e é exatamente isto que a bíblia declara em vários textos:
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só … Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” Rm 3.10‑13,23
Aqui faremos mais uma ilustração sobre o que é o pecado. Parafraseando um exemplo que vi em um filme, “Corajosos”, foi uma comparação de pecado a um crime, o que é muito oportuno, porque o pecado é exatamente isto “a transgressão da lei”.
Imagine um homem de 40 anos de idade, idôneo a vida inteira, de reputação ilibada, bom pai, bom marido, bom trabalhador e até bom servo na igreja. Mas, em um belo dia este homem tem um briga feia com a sua esposa e sai de casa bastante irritado. Ao passar em um cruzamento, um veículo em alta velocidade, avançando o sinal vermelho, bate em seu carro. Então este bom homem desce do carro para conversar com o infrator e, ao encontrá‑lo, é recebido com muito desrespeito e xingamentos dos piores tipos.
O nosso homem de reputação ilibada, então, vai até o seu veículo pega em suas mãos a chave de rodas do carro e agride ao outro homem na cabeça com um infeliz golpe fatal. Sei que este exemplo é de algo extremo e bem triste, mas nos servirá muito como figura do pecado, da transgressão.
Reflexões ‑ Pergunta‑se:
- Se este homem for chamado a comparecer em juízo, isto é, na frente de um juiz de direito criminal, ele será até ali conduzido em razão dos atos bons realizados ou em virtude de um crime que cometeu? Certamente irá comparecer em um tribunal porque cometeu um crime.
- E se o juiz for bom, honesto, irá condená‑lo ou absolvê‑lo do crime de homicídio? Com certeza irá condená‑lo, pois ele matou a um homem, violou a lei, tornou‑se um homicida e não importa o motivo que alegue, pois o fato é que ele ceifou a uma vida. Portanto, o tempo em que o nosso homem foi bom e fez o bem pode até ser levado em conta e atenuar a pena, mas jamais poderá remover o crime ou fazer com que o juiz o considere inocente, porque isto não seria considerado justiça, mas injustiça.
Assim é com o pecado, uma transgressão da lei, um crime. Por mais que façamos o bem, nós seremos julgados diante de Deus pelos nossos pecados cometidos e não propriamente, embora elas até possam ser levados em conta, pelos nossos atos de justiça. E se por um pecado Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus e toda a Terra recebeu condenação, isto porque Ele não tolera o pecado, nem mesmo um só, imagine quantos pecados nós já cometemos. Podemos entrar em Sua presença com tantos pecados e maldades cometidas? Quantas transgressões? A quantos mandamentos já quebramos?
Já agrediu a alguém? Desejou mal? Pegou algo que não era seu? Desejou alguém sexualmente que não o seu cônjuge? Já mentiu? Desonrou pai e mãe? Falou o nome de Deus em vão? A resposta sincera para a maioria delas, senão em todas, é sempre “sim”. Somos transgressores da lei, todos nós, separados de Deus por nossos próprios pecados.
E para agravar ainda mais a situação lemos no livro de Tiago:
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou‑se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.” Tg 2.10,11. (grifo nosso)
Penso que poucos entendem o real significado deste versículo, mas o explicaremos, isto porque soa um tanto estranho ser culpado por todos os mandamentos ao quebrar um único. Considerando ainda o nosso homem íntegro, para que ele se torne um assassino não é necessário que mate a 10 pessoas, bastando tão somente um homicídio, assim tornar‑se um criminoso. Do mesmo modo, para torna‑se um ladrão não é necessário roubar muitas vezes, bastando uma só vez, uma só ato de transgressão o faz culpado diante da lei, e o mesmo vale para qualquer crime.
Assim um só pecado nos faz culpados diante Deus. Não é necessário quebrar a todos e a cada um dos mandamentos da lei para sermos feitos transgressores, bastando quebrar um só. Não adianta guardar ou dizer que guarda nove deles, se por um somos feitos transgressores da lei. Deste modo Tiago conclui “(qualquer que) tropeçar em um só ponto, tornou‑se culpado de todos”. Porque quem quebra um ou quem quebra a todos têm a mesma condenação, é criminoso de igual modo, pecador de igual modo, não havendo diferença, vez que a penalidade é sempre a mesma, a separação eterna, a morte eterna. As consequências do pecado são diferentes, mas a penalidade é uma só, a morte.
Assim torna‑se um pouco mais fácil entender o sentido destas palavras:
“Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar‑se”.”Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.” Ap 22.11‑12 (NVI)
Os que buscam a iniquidade estão em condenação por um ou por mil atos de iniquidade, sendo indiferente a quantidade cometida no que tange a penalidade, o destino final e a condenação é a mesma. Os que buscam a santidade e a justiça devem se santificar ainda mais a cada dia.
Um detalhe é que temos o costume de ficar equacionando a quantidade de bem que fazemos e disto subtraímos o mal que praticamos, em uma atitude religiosa. Deste modo temos a nossa própria justiça ou o nosso próprio conceito moral e padrão de justiça. Dizemos coisas tolas como algo que certa vez vi na TV, um parlamentar disse em uma entrevista que ele era “90% honesto” (sic). Acredito que o que ele pretendia declarar era que agia com lisura na maioria das vezes, mas não absolutamente em todas.
Pelo menos ele foi sincero! Só que isto é algo absurdo e ninguém em sã consciência aceita. O que se espera de um político é que ele seja honesto, íntegro o tempo todo. Não existe 90% honesto, 95% honesto ou 99,99% honesto, ou se é honesto ou não. È como uma gravidez, não existe meio grávida, ou se está ou não. Não existe meio puro ou limpo, ou se está limpo ou sujo. E é importante destacar que se espera pureza (santidade) dos filhos de Deus muito mais do que se espera honestidade de um político.
Mas enquanto a nós! Não mentimos nenhuma vez? Não cobiçamos? Não murmuramos nunca? Não deixamos de pagar impostos, dívidas? Não desejamos mal ao próximo? Somos sempre fiéis? Podemos dizer que somos santos e puros porque observamos estritamente todos os mandamentos da lei?
Só espero que a nossa resposta não seja também uma absurdidade como a resposta do político, algo tipo 80% ou 90% puro, pois puro é aquilo que não tem impureza e santo é aquilo que não tem mácula. Uma gota de cianeto põe a perder todo um galão de água limpa. Assim é o pecado, um crime, uma transgressão da lei, um só e somos feitos transgressores da lei, um só e a impureza entra nós, um só e nós tornamos condenáveis. Só o que podemos dizer diante desta realidade é “Deus tenha misericórdia de nós, porque somos pecadores”.
Com certeza percebemos que os Israelitas (em sua maioria) não compreenderam os mandamentos, o peso e o propósito deles, e ainda o fato de como tinham se tornado condenáveis a partir deles, isto porque os seus próprios erros foram expostos quando da instituição do decálogo como padrão moral da nação, como marca da aliança entre Deus e Israel.
Deus é santo e não tolera o pecado, nem um só! E nós somos pecadores, culpados, transgressores da lei por natureza. Admitir isto, que somos pecadores, e admitir a nossa incapacidade de cumprir a lei, a total impossibilidade de nos livrar da condenação, de ser absolvido dos pecados cometidos, porque somos transgressores, então este é o primeiro passo de volta para Deus, é um claro sinal de que o Espírito de Deus está operando em nós.
“Todavia digo‑vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo‑lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” Jo 16.7,8
Como um espelho, a lei expõe a sujeira de todos, e nisto não há acepção de pessoas, ela põe a todos os homens em igualdade: “todos pecaram”, coloca a todos como transgressores da lei. Só aquele que ainda não se olhou no espelho pode apontar a outro e dizer “você está sujo”, não percebendo a sujeira sobre si mesmo. Não que a Lei tenha feito isto ou que seja a causa do pecado, mas ela expõe o fato. E eis outro dos principais objetivos da Lei: “para que toda boca se cale”.
“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer.” Rm 3.9‑10 8.
“Sabemos que tudo o que a lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando‑se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.” Rm 3.19,20
“Pois Deus colocou todos sob a desobediência, para exercer misericórdia para com todos.” Rm 11.32 (grifos nossos)
Assim nenhum homem, nem este autor, nem qualquer outro homem, pode bater em seu peito e dizer que não é transgressor da lei, que não tem pecado, que merece a misericórdia ou que é justo diante de Deus em virtude de observar a mandamentos. Se alguém ousar pensar ou dizer isto, ouve, como se uma voz dos céus lhe dissesse: “cale‑se!”.
Uma questão bem frequente: “é possível alguém alcançar a salvação pelo cumprir as obras da Lei?” Como vimos é impossível que alguém cumpra a risca todos os mandamentos morais e isto a bíblia declara de forma cristalina (Rm 3.10‑23). Paulo declara que pelas obras da Lei ninguém será justificado: “sabemos que o ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado.” (Gl 2.16), utiliza‑se de uma palavra ênfase para indicar a obviedade disto “é EVIDENTE que, pela lei, ninguém será justificado” (Gl 3.11) (ênfase nossa), assim matamos aqui um errôneo conceito de que alguém pode, por observância da lei, ser considerado justo diante de Deus. Paulo explica, indicando repetidas vezes, que a justiça que recebemos advém da fé, porque o justo viverá da fé. (Hc 2.4, Jo 3.36, Rm 1.17 e 3.21).
Então surgem as perguntas: Se ninguém é justificado pela lei, para quê ela serve? Para nos condenar? Para nos fazer condenáveis? Nasce então dentro de nós uma revolta contra a lei: “é a lei pecado?”.
Já vimos que o pecado independe de lei expressa. Vimos também que é impossível cumprir rigorosamente a lei, pois todos pecaram, e que ninguém será justificado diante de Deus pelas obras da Lei. Por que então Deus nos deu mandamentos que sabia que não poderíamos cumpri‑los?
UM ESPELHO
A melhor comparação que conheço a respeito da Lei para o homem é a que lhe compara a um espelho, vejamos:
“Em muitos casos os Dez Mandamentos são para nós o que um espelho é para um rosto sujo. Se você estiver sozinho, não poderia dizer se seu rosto está limpo ou não. Alguém poderia apontar para você e dizer: “Seu rosto está imundo”, mas você poderia negar, dizendo “Meu rosto não está sujo; eu não vejo nada!”. E você poderia realmente acreditar nisso. Mas se alguém lhe desse um espelho, veria que seu rosto estava realmente sujo e não havia como negá‑lo. Sua boca seria calada e você reconheceria que era culpado de estar com o rosto sujo.
O mesmo ocorre com o pecado. Nós não saberíamos realmente o que era pecado até Deus nos dar a Lei. Assim como o espelho expõe a sujeira, os Dez Mandamentos nos conscientizam do pecado”. [1]
Um dos principais objetivos da lei é mostrar‑nos, expor o nosso próprio pecado, trazer a nós este conhecimento, voltando ao texto de Romanos cap. 3:
“Sabemos que tudo o que a lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando‑se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.” Rm 3.19‑20
O parâmetro é a lei, neste caso, que tem a mesma utilidade que um espelho tem para um rosto sujo: “Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu.” Ap 3.17.
Mas um espelho não tem a capacidade de remover a sujeira, ele não pode nos limpar, não pode remover o pecado, não pode retirar a culpa. Se esfregarmos o nosso rosto no espelho buscando nos limpar tudo o que conseguiremos é sujar o espelho, embaça‑lo, e assim ter uma visão distorcida de si mesmo e da lei e é exatamente isto que ocorre na prática, pois “Sabemos, porém, que a lei é boa se alguém dela usa legitimamente”. I Tm 1.8.
“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rm 8.3‑4 (grifo nosso)
Nunca fora objetivo de a lei nos limpar, afastar do mal e do pecado sim, mas não tirá‑lo de nós, isto a lei não poderia fazer. O que ela faz de fato (até o dia de hoje) é revelar a nossa pecaminosidade e não removê‑la. Assim como as antigas ordenanças, como os sacrifícios que eram propostos, estes também não poderiam remover pecados, “pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados.” Hb 10.4. Portanto todo o conjunto de regras, que incluem os mandamentos morais (Os Dez Mandamentos) e todos os rituais dos sacrifícios, nada disto poderia remover pecados. Nenhum mandamento, ritual ou ordenança pode remover pecados. Não sei como se conseguimos clarificar aqui este fato, mas é a verdade das Escrituras.
Nem rituais e nem observância da lei nos fazem justos diante de Deus. E isto o profeta Isaías externou do seguinte modo:
“Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe.” Is 64.6
Na bíblia só há um modo de sermos feitos justos, que é recebendo a imputação da justiça de Deus, pela fé.
“Portanto, que diremos do nosso antepassado Abraão? Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. Que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”. Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça.” Rm 4.1‑5 (grifo nosso)
Christopher Wright comenta:
“No Sinai, Deus entrou numa aliança com o povo de Israel(e com o restante das nações em vista)chamando‑o para ser seu representante (sacerdotalmente) e para ser separado (santo). Ele lhe deu um dom da graça – não para que pudessem merecer sua salvação, uma vez que já haviam sido redimidos, mas para moldá‑los como um povo modelo, a fim de fossem uma luz para as nações.” 2
Nos capítulos finais deste livro falaremos novamente sobre a justiça que provém da fé. Por enquanto iremos a mais uma ilustração sobre os objetivos e utilidades da lei.
1 CROSS, Jonh R. O Estranho no caminho de Emaús. Publicado por GoodSeed International, 2009. p. 148‑149.8.
2 WRIGHT, Christopher J. H. A missão do povo de Deus : uma teologia bíblica da missão da igreja / Christopher J. H. Wright ; tradução Waléria Coicev. São Paulo : Vida Nova 2012. p. 51
Contato: [email protected]
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