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Leitura bíblica transforma gerações Y e Z, diz pesquisa

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Leitura bíblica transforma gerações Y e Z, diz pesquisa

Um número crescente de jovens nos Estados Unidos que mantêm contato frequente com as Escrituras apresenta índices mais elevados de bem-estar geral. É o que revela a edição de 2025 do relatório State of the Bible, produzido pela Sociedade Bíblica Americana (ABS, na sigla em inglês), com base em uma pesquisa conduzida em janeiro com 2.656 adultos de todos os estados norte-americanos, por meio do painel AmeriSpeak da Universidade de Chicago.

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Segundo os dados, os membros da Geração Z e os millennials que se engajam regularmente com a Bíblia registraram uma pontuação média de 8,1 no Índice de Florescimento Humano, ferramenta desenvolvida pela Universidade de Harvard que avalia seis domínios da vida, entre eles saúde física e mental, propósito, felicidade e relacionamentos interpessoais.

Para efeito de comparação, a pontuação média geral da Geração Z foi de 6,8, a mais baixa entre todas as gerações analisadas. Já os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) apresentaram média de 7,5, com 45% relatando alto florescimento.

Engajamento bíblico e bem-estar

De acordo com o relatório, ler a Bíblia com frequência está associado a níveis mais altos de florescimento pessoal. Indivíduos que se dedicam à leitura diária das Escrituras tiveram média de 7,9 pontos no índice, frente a 6,8 entre aqueles que nunca leem.

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A participação em comunidades de fé também demonstrou impacto positivo. Entre os cristãos que frequentam cultos ao menos uma vez por mês e valorizam profundamente sua fé, o índice médio de florescimento foi mais elevado. O relatório destaca ainda que 43% daqueles que dizem sentir fortemente a presença de Deus em suas vidas relataram alto florescimento, ao passo que 41% daqueles que rejeitam essa crença relataram baixos níveis.

O apóstolo Paulo escreveu: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Filipenses 4:4), apontando para a fonte espiritual da verdadeira alegria, que, segundo os dados, continua refletindo em indicadores mensuráveis de saúde emocional.

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Sinais de recuperação pós-pandemia

Outro dado relevante do relatório foi o aumento no número de pessoas que leem a Bíblia nos Estados Unidos, após quatro anos consecutivos de queda. Em 2025, houve um crescimento de aproximadamente 11 milhões de leitores ativos em relação a 2024, com os maiores aumentos observados entre millennials, homens e integrantes da Geração X.

A Sociedade Bíblica Americana define como “usuários da Bíblia” aqueles que leem as Escrituras fora dos cultos pelo menos três ou quatro vezes por ano. Já os “engajados com a Bíblia” — um grupo estimado em 52 milhões de pessoas — são descritos como aqueles cuja relação consistente com a Palavra molda decisões pessoais, estilo de vida e relacionamentos.

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Além disso, cerca de 71 milhões de americanos compõem o chamado “meio móvel”, grupo formado por pessoas que demonstram interesse nas Escrituras, mas ainda não desenvolveram um hábito consistente de leitura. Muitos se identificam como cristãos nominais ou não praticantes, e estão abertos a reencontrar a narrativa bíblica, especialmente quando apoiados por lideranças cristãs ou por recursos que facilitem sua compreensão.

Melhora nos relacionamentos

Embora a Geração Z apresente a média geral mais baixa de florescimento, o relatório indica melhora significativa na área de relacionamentos interpessoais. A pontuação nesse domínio passou de 6,6 em 2024 para 7,0 em 2025, superando as médias das gerações Y e X nesse aspecto. O dado é considerado relevante por estudiosos, dada a associação da Geração Z com quadros de isolamento social e sofrimento emocional.

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Do ponto de vista geográfico, o engajamento com a Bíblia cresceu em diversas regiões dos Estados Unidos, especialmente no Nordeste e no Oeste, onde foi registrado um aumento de 18% no número de usuários da Bíblia. O Centro-Oeste teve crescimento de 15%, enquanto o Sul manteve-se estável.

Na região historicamente secular da Baía de São Francisco, os dados surpreenderam. Entre os millennials da Bay Area, 40% se declararam usuários da Bíblia, superando a média nacional de 39%. A Geração Z da mesma região também registrou 37% de engajamento, ligeiramente acima da média nacional (36%). Por outro lado, apenas 19% dos adultos com mais de 60 anos da Baía de São Francisco afirmaram ler a Bíblia, em contraste com os 46% da média nacional entre pessoas da mesma faixa etária.

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Contexto internacional

O relatório também citou dados do Global Flourishing Study, estudo internacional que avaliou 22 países em termos de florescimento humano. Os Estados Unidos ficaram em 15º lugar em bem-estar geral e 12º lugar em prosperidade segura. As primeiras posições foram ocupadas por países como Indonésia, México, Filipinas, Israel e Nigéria — nações que, segundo os pesquisadores, superaram as potências ocidentais em áreas como relacionamentos interpessoais e propósito de vida.

O contraste revela que, embora o desenvolvimento econômico seja um fator importante, a vivência da fé, os vínculos sociais e o senso de propósito continuam sendo determinantes para o bem-estar humano. Conforme está escrito no Salmo 1:1-3, “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios… antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite… tudo quanto fizer prosperará”.

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Considerações finais

Os dados do State of the Bible 2025 reforçam a correlação entre engajamento com as Escrituras e níveis mais elevados de florescimento emocional, mental e relacional, especialmente entre os jovens adultos. Os pesquisadores observam que, embora o cenário religioso nos Estados Unidos esteja em transformação, há sinais de retorno e revalorização da fé bíblica, especialmente entre aqueles que encontram no texto sagrado não apenas informação, mas orientação para a vida cotidiana.

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