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estudos bíblicos

Uma aliança superior

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 8 do trimestre sobre “A supremacia de Cristo”

em

Bíblia. (Photo by Aaron Burden on Unsplash)

II. UM MINISTÉRIO SUPERIOR

– uma nova aliança, um serviço melhor

Em Hebreus 8.6 está dito que Cristo, nosso Sumo Sacerdote, “agora alcançou um ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto”. Duas palavras são chaves aqui: ministério e concerto. Por ministério (gr. leitourgia) entende-se o ofício de Jesus como Sumo Sacerdote; é o seu serviço religioso prestado para Deus e em nosso favor: com muito mais excelência Cristo realiza o seu serviço, que os sacerdotes da ordem levítica. Tanto seu sacrifício foi mais excelente, porque cumpriu com perfeição irretocável toda justiça de Deus, quanto suas orações hoje realizadas junto ao Pai em nosso favor são mais excelentes, já que se respaldam na doce fragrância de seu sangue oferecido na cruz e apresentando ao Pai no altar celestial. Por concerto (gr. diatheke) entende-se o grande acordo feito entre Deus e a humanidade baseado no sangue (agora, no sangue de Cristo) e toda a dispensação da graça com as bênçãos que são inerentes a ela. Este concerto firmado na Cruz não só é posterior ao concerto feito no Sinai como é melhor que o anterior, e é definitivo.

– uma nova aliança ou a velha condenação

O antigo concerto ou a antiga aliança já foi estabelecido com prazo de validade. Não objetivava durar para sempre, visto que por ele ninguém seria aperfeiçoado para chegar-se a Deus. O antigo concerto revela as falhas e a incapacidade humana, ao passo que o novo concerto revela a graça imensurável de Deus em Cristo que “é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus” (Hb 7.25). E ressalte-se ainda que se este novo concerto não fosse firmado entre Deus e os homens, estaríamos fatidicamente perdidos! Ou uma nova aliança se estabelecia ou estaríamos debaixo da velha condenação! Nas palavras de Jacó Armínio, “uma vez que o primeiro concerto havia sido enfraquecido, pelo pecado e pela carne, e não podia trazer justiça e vida, era necessário fazer outro concerto ou que fôssemos expulsos, para sempre, da presença de Deus”. (4)

– uma nova aliança. Por que nova?

Após a ceia pascoal, Jesus oferece aos seus discípulos uma nova refeição com caráter completamente espiritual e que viria a substituir entre os seus seguidores a ceia pascoal. Era o pão, símbolo de seu corpo a ser dilacerado na cruz, e o vinho, símbolo de seu sangue a ser vertido e oferecido ao Pai como oferta de propiciação em nosso favor. Sangue este que assegura a aceitação das orações de Cristo, realizadas hoje em seu ofício sacerdotal no Santo dos Santos. Ali, naquela noite de instituição da Ceia cristã, Jesus disse a seus discípulos: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lc 22.20). Jacó Armínio explica para nós com muita pertinência o caráter de novidade dessa aliança: “Pela intervenção, portanto, desse sangue, foi feito outro concerto, não mais um concerto de obras, mas pela fé, não de lei, mas de graça, e não antigo, mas novo – e novo, não porque fosse posterior ao primeiro, mas porque nunca seria revogado ou repelido, e porque a sua força e vigor deveriam ter uma duração perpétua”. (5)

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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