estudos bíblicos
Uma aliança superior
Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 8 do trimestre sobre “A supremacia de Cristo”
III. UMA PROMESSA SUPERIOR
Deus já havia feito a grande promessa de estabelecer uma nova aliança, que removeria a anterior. O autor da Carta aos Hebreus (8.8-10) inclusive toma esta promessa registrada em Jeremias 31.31-34. O comentarista da nossa Lição, pastor José Gonçalves, apresenta-nos três características desta promessa da nova aliança:
- Natureza interior e espiritual – “porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei”
No antigo pacto, não deixava de haver um certo elitismo no que diz respeito ao estudo e compreensão da lei: sacerdotes, escribas e intérpretes da lei. Jesus acusa, inclusive, muitos destes por estarem fechando aos homens o reino dos céus, nem entrando nem deixando os outros entrarem (Lc 11.52). No novo pacto, porém, o Pai oculta dos “sábios e entendidos” os seus mistérios, e revela-os aos pequeninos (Mt 11.25). Severino Pedro diz que “Os fiéis atualmente recebem em seus corações uma espécie de ‘unção especial’ [1Jo 2.27], como aquela que recebiam os sacerdotes, profetas e reis no Antigo Testamento, para ministrarem perante o Senhor, chamada de ‘unção do Santo’ (1Jo 2.20). Esta unção capacita cada crente a entender ‘…qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus’”. (6)
- Natureza individual e universal
Williamson destaca em Novo Dicionário de Teologia Bíblica, que a “nova aliança” á tanto nacional quanto internacional. Este autor observa que “o alcance dessa nova aliança transcende claramente as fronteiras nacionais e territoriais (…) se estenderá até os confins da terra, abrangendo finalmente todas as nações (Is 42.6; 49.6; 55.3-5; 56.4-8; 66.18-24)” (7). Os vinte e quatro anciãos do Apocalipse cantavam ao Cordeiro um cântico que demonstra a universalidade da nova aliança estabelecida no sangue de Cristo: “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra” (Ap 5.9,10). Como já foi bem colocado pelo autor da Carta aos Hebreus, Jesus provou a morte por todos (2.9).
- Natureza relacional – “eu lhes serei por Deus e eles me serão por povo”
O véu se rasgou, Cristo abriu para nós um novo e vivo caminho. Que benção é para nós podermos desfrutar todos de um relacionamento com Deus que não fora vivido em tempos outrora! Uma grande aplicação prática desta Lição, como ressalta A. W. Tozer, é que “Todo cristão pode relacionar-se com o Senhor e encontrar-se com Ele; ter acesso ao Santíssimo Lugar e, com o coração, poder encontrar, conhecer e sentir a presença dEle de um modo maravilhoso, mas do que qualquer homem ou mulher seria capaz de experimentar nesse mundo”. (8)
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