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Mais de 1 bilhão de pessoas lutam contra a solidão, diz pesquisa

Solidão tem o mesmo impacto na saúde que fumar 15 cigarros por dia.

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Igreja (Foto: Reprodução/Unsplash)

Uma pesquisa do Gallup e do Meta revelou que mais de um bilhão de pessoas estão lutando contra a solidão. Especialistas em saúde alertam que adultos mais jovens são mais propensos a sofrer dessa condição. As consequências podem ser comparadas com o impacto na saúde ao fumar 15 cigarros por dia.

Segundo The Christian Post, o levantamento foi conduzido em 142 países e regiões em todo o mundo, excluindo a China. Pesquisadores acreditam que a taxa de solidão pode ser ainda mais alta. A consultora sênior de pesquisa do Gallup, Ellyn Maese, destaca que milhões em todo o mundo vivenciam solidão diariamente.

“Pesquisas mostram que a solidão está associada a um risco elevado de uma ampla gama de condições de saúde física e mental, tornando a pesquisa sobre a solidão um primeiro passo crítico para melhorar a saúde e o bem-estar em todo o mundo”, observou.

Nesse sentido, os dados indicam que apenas 17% dos adultos com 65 anos ou mais relataram sentir-se “muito” ou “bastante” solitários, a menor incidência. Contudo, 27% dos adultos jovens (19-29 anos) indicaram sentir-se bastante solitários.

“Embora muitos apelos para reduzir a solidão se concentrem em adultos mais velhos, a maioria daqueles com 45 anos ou mais não se sente solitária, enquanto menos da metade daqueles com menos de 45 anos diz o mesmo. Em geral, esses dados globais mostram que um quarto das pessoas relata se sentir muito ou bastante solitário, sendo os adultos mais velhos os menos propensos a relatar sentimentos de solidão”, disse Maese.

Maese sugere que compreender a diversidade na experiência da solidão globalmente pode impulsionar soluções inovadoras para o bem-estar social. Em um alerta sobre os benefícios da conexão social e da comunidade, o Cirurgião Geral dos EUA, Dr. Vivek Murthy, destacou o impacto da solidão na saúde.

“A solidão é muito mais do que apenas um sentimento ruim, ela prejudica a saúde individual e social. Ela está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, demência, derrame, depressão, ansiedade e morte prematura. O impacto na mortalidade de estar desconectado socialmente é semelhante ao causado pelo hábito de fumar até 15 cigarros por dia, e até maior do que o associado à obesidade e à inatividade física”, revelou.

Assim, os dados mostraram que a solidão e o isolamento social aumentam o risco de morte prematura em 26% e 29%, respectivamente. Uma conexão social deficiente aumenta o risco de doenças cardíacas em 29% e o de acidente vascular cerebral em 32%. A solidão também pode aumentar a suscetibilidade a vírus e doenças respiratórias.

Portanto, Murthy destaca a oportunidade de investir no combate à solidão da mesma forma que enfrentamos outros problemas. Murthy incentivou investimentos em atos simples de bondade, como atender telefonemas de amigos ou compartilhar refeições.

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