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Militares cogitam realizar apuração paralela das eleições
O planejamento para a contagem feita pelos militares, será realizado usando boletins impressos pelas urnas depois da votação.
Integrantes das Forças Armadas admitem que estão se organizando para uma contagem paralela de votos nas eleições deste ano.
O planejamento para a contagem feita pelos militares, será realizado usando boletins impressos pelas urnas depois da votação.
Além dos boletins, há ainda a possibilidade de avaliar a contagem de votos, acessando os dados transmitidos pelos tribunais regionais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vale informar, que os boletins de urna são os “extratos” impressos da urna, constando todas as informações da sessão com relação aos votos, desde o nome de candidato, partido, votos válidos, brancos ou nulos.
Tais informações, ficam registradas na urna de maneira embaralhada e criptografada, para não saber ao certo em quem cada eleitor votou.
Militares que atuam no comando da Defesa, estão realizando fiscalização das urnas juntamente com o TSE.
Eles afirmam que fazer a análise dos votos como está sendo planejado pelos militares, ainda não foi oficializada e nem comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo informações de um general, o que falta para isso é apenas uma decisão política que deve ser dada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A fiscalização dos votos está sendo chamada de “acompanhamento da totalização” e contará com a participação de dez oficiais da ativa do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A Defesa diz que tal ação ajudará no aperfeiçoamento da segurança e transparência do sistema. Tal argumento tem como objetivo apoiar a fala do presidente Bolsonaro que tem dado descrédito às urnas das eleições.
Em 27 de abril, a proposta para tal fiscalização foi feita pelo presidente em cerimônia no Palácio do Planalto.
É válido ressaltar, que a soma de votos feita pelas Forças Armadas não é previsto na Constituição e nem nas diretrizes de Defesa Nacional. É de responsabilidade da Corte Eleitoral promover, apurar e proclamar o resultado das eleições.
O TSE se pronunciou contrário a essa proposta, uma vez que eles não concordam com a terceirização da apuração.
É recomendado pela Polícia Federal que a apuração seja feita na Corte com um computador de alta tecnologia e operado por funcionários especializados do judiciário.
Os dados dos votos apurados em cada urna, são transmitidos a Brasília por meio de uma rede de acesso restrito, e não pela internet comum, por isso até hoje nunca houve divergências nos resultados das eleições.
Para os militares, a apuração feita por conta própria e com os dados do TSE, pode ser considerada parte das atividades de auditoria.
Diante de tantos questionamentos, o TSE decidiu que irá publicar todos os boletins de urna online com QRcode a fim de demonstrar transparência.
Fazendo isso, militares e todas as outras entidades fiscalizadoras, poderão ver os votos apurados e somá-los de maneira independente.
Aprovada em dezembro de 2021, a resolução da Corte afirma que “é facultada então a verificação da correção da contabilização dos votos, por meio da comparação com os BUs impressos”.
Foi solicitado pela equipe das Forças Armadas ao TSE cópia de dados dos boletins em formato da internet das eleições de 2014 e 2018 para avaliarem o desenvolvimento de programas de análises dos boletins.
Sendo assim, a ideia dos militares passará a ser apenas conferir uma amostragem dos votos e não todas as zonas eleitorais do Brasil.
Houve também uma sugestão dada na Comissão de Transparência Eleitoral, de transmitir o conjunto de dados para um processamento de contagem própria em mais de uma zona eleitoral ao mesmo tempo.
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