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“Não sou muçulmano, nem infiel, sou cristão”, disse nigeriano antes de ser morto
Cristão foi executado na frente da esposa por radicais do Boko Haram.
O salto da perseguição mundial contra cristãos no ano de 2020, provocou um aumento também da violência por grupos radicais, como no caso do Boko Haram, da Nigéria. O país se tornou o mais violento contra os cristãos neste período, segundo a Portas Abertas.
Em entrevista exclusiva ao Gospel Prime, o secretário-geral da organização, Marco Cruz, relatou uma experiência pessoal muito marcante com uma história de perseguição sofrida por uma família de cristãos nigerianos. O relato impactante demonstra a violência com que age o grupo radical Boko Haram.
Marco Cruz relatou a história de um cristão que foi executado na frente de sua esposa justamente quando tentava fugir de uma das regiões de alta perseguição. Ele relatou que o casal havia saído para pegar os filhos e fugir de carro daquela região, quando foi abordada pelos radicais, que haviam se vestido com a farda do Exército nigeriano.
Neste ataque, os radicais islâmicos questionaram o cristão se ele era muçulmano ou infiel, apontando a arma para ele. Marco Cruz conta que a resposta do nigeriano foi que não era nem muçulmano, nem infiel, mas um cristão. Imediatamente ele foi executado a tiros na frente da esposa.
Depois de ver o marido sendo morto, a mulher, identificada como Ana, também foi questionada se era “muçulmana ou infiel”. Sem saber o que fazer e sob ameaça para negar Jesus Cristo, ela respondeu da mesma forma que o marido, que era uma cristã.
“Meu marido foi fiel até o limite da sua própria vida, ele foi fiel até a morte, eu também não posso negar a Jesus Cristo”, disse a mulher. “Eu não sou uma muçulmana, nem uma infiel, eu sou uma cristã”, respondeu aos integrantes do Boko Haram.
O secretário-geral da Portas Abertas relata que Ana acabou sendo poupada porque naquele momento veio um outro motorista, guiando um carro com crianças, e acelerou o carro contra o posto de controle. Os radicais acabaram desistindo de executar a mulher cristã.
De acordo com Marco Cruz, Ana acabou recebendo apoio da Portas Abertas, participando de um programa pós-trauma para viúvas e órfãos na Nigéria.
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