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Novo filme ‘Superman’ traz oportunidades de evangelismo, diz autor

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Novo filme 'Superman' revela oportunidades para o evangelismo, aponta autor

O lançamento do filme Superman (2025), dirigido por James Gunn e estrelado por David Corenswet, provocou não apenas reações entusiasmadas no meio cinematográfico, mas também reflexões relevantes entre pensadores cristãos. Para alguns, o novo retrato do herói representa mais do que entretenimento: é um espelho dos anseios espirituais de uma geração e uma oportunidade singular para a proclamação do Evangelho.

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Entre os que levantaram essa análise está Mark Legg, ex-editor associado do Denison Forum e atualmente estudante de pós-graduação em Filosofia na Universidade de Edimburgo. Em sua resenha cultural intitulada “Um Comentário Cultural sobre ‘Superman’: Do Modernismo ao Pós-modernismo e ao Metamodernismo”, Legg traça uma linha histórica da evolução do personagem Superman e como ele tem refletido as mudanças nas visões de mundo ao longo de quase nove décadas.

Superman e as cosmovisões culturais

Segundo Legg, o Superman original, introduzido em 1938 na Action Comics #1, surgiu em uma era sombria e instável, marcada pela Grande Depressão e pela iminência da Segunda Guerra Mundial. “O primeiro Superman não nasceu em um mundo brilhante e fácil”, escreve ele. Nessa fase inicial, o herói agia como um justiceiro social, salvando mulheres de abusos, denunciando políticos corruptos e combatendo a injustiça cotidiana — muito além dos duelos com vilões superpoderosos.

Com o fim da guerra, a figura do Superman foi sendo moldada por um espírito nacionalista e idealista. O filme Superman (1978), com Christopher Reeve, retratava o personagem como o símbolo da justiça imparcial e dos ideais americanos. A continuidade dessa abordagem pôde ser vista em Superman – O Retorno (2006), que ainda trazia o herói como representante da esperança e da responsabilidade.

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Contudo, essa imagem foi radicalmente transformada com O Homem de Aço (2013), protagonizado por Henry Cavill. Legg identifica nesse longa uma virada para o pós-modernismo: o Superman é descrito como um ser ambíguo, marcado por dilemas morais, violência e emoções instáveis. “O Superman é retratado como sexy, cheio de culpa, violento, temperamental e moralmente confuso”, aponta o autor. Nessa leitura, o herói já não simboliza virtudes universais, mas reflete a desconfiança generalizada do pós-modernismo em relação à verdade e aos absolutos.

O retorno da esperança

Na visão de Legg, Superman (2025) representa um novo capítulo na representação do herói — agora sob a ótica do “metamodernismo”, termo utilizado para descrever a oscilação cultural entre o ceticismo pós-moderno e um renovado desejo de esperança e autenticidade. Ele observa que esse clima é especialmente forte entre jovens das gerações Z e Alpha.

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“O novo filme maximiza as sensibilidades modernistas ao ponto do ridículo (mas sem ser sarcástico)”, escreve Legg, destacando cenas simbólicas em que o herói salva um cachorro, uma multidão e até mesmo um esquilo durante uma batalha de escala apocalíptica. Ainda segundo ele, o Superman de 2025 demonstra misericórdia até para com seus inimigos, apontando para uma ética que valoriza o perdão e o serviço.

Essa postura se aprofunda com a revelação central da trama: ao descobrir que seus pais biológicos kryptonianos queriam que ele dominasse a Terra, Superman escolhe rejeitar essa missão. Inspirado por seus pais adotivos humanos, ele opta pelo caminho da humildade e do serviço — um arco que, para Legg, ecoa o chamado cristão à renúncia do poder em favor do próximo (Filipenses 2:5-8).

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Porta aberta para o Evangelho

Legg vê nessa virada uma oportunidade evangelística. Para ele, o público atual, marcado por anos de cinismo e relativismo moral, demonstra estar sedento por sentido e transcendência. “A ascensão do metamodernismo representa uma oportunidade para evangelismo e reavivamento na geração mais jovem”, afirma. Ele argumenta que muitos jovens estão exaustos da constante desconstrução e desejam reencontrar uma esperança firme para enfrentar os desafios do futuro.

O autor também aponta fundamentos bíblicos para essa sede espiritual, mencionando a natureza pecaminosa do coração humano (“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto”, Jeremias 17:9) e a transformação prometida aos que se voltam a Cristo (“Todos nós… somos transformados de glória em glória”, 2 Coríntios 3:18; cf. 1 Coríntios 15:51).

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Para ele, o atual momento cultural oferece uma janela propícia para que cristãos apresentem a mensagem do Evangelho com clareza e compaixão. “O Superman de 2025 não é apenas um herói fictício, mas um reflexo das perguntas mais profundas do nosso tempo — e uma oportunidade inesperada de apontar para o verdadeiro Salvador”, conclui Legg, de acordo com o Christian Daily.

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