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estudos bíblicos

O mundo de fantasia e o teólogo

“Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.”

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Qualquer um em sã consciência sabe que um piloto de um Boeing 747 não pode errar no que faz, pois é muito evidente a relação entre seu erro e as consequências e mortes decorrentes dele.

Quando lidamos com o teólogo, vemos que ele nunca erra porque o que ele diz não tem consequências reais no mundo ou as pessoas não levam em consideração que ideias tem consequências reais para suas vidas. Ou seja, a Igreja segue avante, alheia ao que se discute nas classes de teologia, simplesmente, e apenas simplesmente porque entre o que se estuda lá e o cotidiano da igreja é tão discrepante que é para crer que ambos, estudantes e cristãos praticantes se dirigem a objetos distintos.

Quando a teologia se propõe como ciência, deveria estar submissa aos mesmos princípios que regem outras disciplinas, a saber, tratar e falar do mundo real e tornar esse discurso demonstrável em princípios atrelados à nossa vida real, assim como fazemos com a verdadeira filosofia, por exemplo; doutra forma, delimitar a sua área de atuação e descrever suas peculiaridades e não interferir onde não tem competência seria uma boa opção.

Um outro objetivo que a Teologia deveria se preocupar, é levar de forma simples, para o grande público, o discurso sobre temas sublimes, abstratos, complexos que estão acontecendo hoje no Ocidente. Mas isso, sempre é barrado diante da empáfia de estudantes e professores, que via de regra, olhando de cima para baixo, julgam não achar alguém à altura para tais discussões. Nisso, ela vai se inflando cada vez mais de si mesma e perdendo de vista, a sua razão de ser e afastando-se dia a dia da Igreja viva e real.

Nesse descolamento entre as ideias e o mundo real, pode acontecer dela – a teologia – se tornar como a criança que faz viagens intergalácticas na sua nave interestelar imaginária, acompanhada de duendes, fadas e extraterrestres, através do seu mundo de fantasia, acreditando piamente que o que acontece em sua imaginação é a realidade e não o contrário.

Não é fácil, mas esse é o desafio; lembremos a exortação do Apóstolo Paulo em 1 Timóteo 5:7:

Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas;
Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.

Formado em Letras (Literatura Inglesa e Portuguesa), pastor assembleiano, professor da EBD e de teologia, residindo em São José, SC.

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