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estudos bíblicos

O novo homem em Jesus Cristo

Novo nascimento, justificação e santificação.

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Homem com joelhos dobrados dentro de igreja. (Foto: Pexels / Pixabay)

A santificação do novo homem

A santificação é obra divina em nós (porque é o Espírito Santo que nos santifica; Ele é o santificador), e é também uma obra do Espírito conosco (isto é sinergismo; pois o homem precisa cooperar em obediência para que o Espírito lhe faça um templo santo).

Neste sentido, a santificação tem dois aspectos: ela é posicional, mas também é progressiva. Explicamos nos pontos a seguir.

A santificação como posicionamento

A santificação é posicional no sentido de que, pela conversão, fomos mudados da posição de impuros para a posição de puros; de perdidos para salvos; de condenados para perdoados; de depravados para santos! É uma nova e gloriosa posição que ocupamos em Cristo Jesus! Por isso é que Paulo podia cumprimentar seus irmãos chamando-os de santos, mesmo daquelas igrejas marcadas por graves pecados, como a igreja de Corinto: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos…” (1Co 1.2).

Nem a regeneração nem a justificação são graduais ou progressivas. São pontuais e ocorrem apenas uma vez na vida do salvo. A santificação, porém, difere dos aspectos anteriores pelo seu caráter progressivo. Outro fator que também distingue santificação de justificação e regeneração, é que há aqui agora algo ligado à vida diária do cristão, sendo, portanto, um assunto de ordem prática, e que muito nos diz respeito.

Ressaltamos que diferentemente do que se faz entre os católicos romanos, nós não elitizamos o título de “santo” ou “santa”, atribuindo-o a apenas algumas poucas pessoas a quem o papa queira canonizar! À luz da Palavra de Deus entendemos que todos os salvos em Cristo são santos, porque são agora consagrados por Deus e para Deus! E também entendemos que o único digno de ser chamado de “Vossa Santidade” é o nosso Deus, não o papa!

A santificação como processo

A santificação é progressiva porque crescemos em santidade a cada dia, na medida em que vamos orando, meditando e praticando a Palavra e nos permitindo ser moldados pelo Espírito santificador. Como está escrito: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18). Estamos caminhando para a completa perfeição, à estatura de varão perfeito (Ef 4.13). Ainda não chegamos lá, como o apóstolo Paulo, enquanto neste mundo, também o admitiu; mas, almejando esta perfeição da santidade plena, nós “prosseguimos para o alvo” (Fp 3.12-14).

O novo homem é exortado a viver dia a dia em santificação, até alcançar a perfeição, isto é, o estágio definitivo ou final da salvação – o que, cremos, só alcançaremos quando no arrebatamento da Igreja, ressuscitarmos em glória e em incorrupção para o maravilhoso encontro com o nosso Senhor por quem e para quem fomos criados! Até que esse dia chegue, quem disser que não tem pecado, faz-se mentiroso! (1Jo 1.8,10).

Inclusive, neste ponto novamente discordamos do comentarista da Lição, que ainda na Introdução afirmou que a perfeição nesta vida não é só possível como é também desejável. Bem, se existiu no passado ou existe agora alguém que tenha alcançado a perfeição ainda nesta vida, pensamos que é impossível de se provar! Olhamos para os grandes personagens da Bíblia (Noé, Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Pedro…) e vemos que todos eles, mesmo que homens de fé, cometeram pecados e nada há na Bíblia sinalizando que eles tenham alcançado a perfeição ainda nesta vida. O que vemos é um Paulo, apóstolo, se descrevendo como “o principal dos pecadores” (1Tm 1.15; observe que Paulo diz “eu sou” e não “eu fui”. Talvez ele tenha usado uma figura de exagero, mas é fato que Paulo jamais se viu como homem perfeito, mas via-se a si mesmo um pecador).

Cremos que o único homem de quem se pode dizer “nele não há pecado” é o Filho do homem, Jesus Cristo (1Jo 3.5b).

A santificação é a vontade de Deus no novo homem

Paulo diz que devemos discernir o que é agradável a Deus (Ef 5.10). Noutra ocasião ele diz qual a vontade de Deus para nós: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1Ts 4.3).

Embora tenhamos nos fiéis servos do Senhor exemplos de santidade que devem nos inspirar uma conduta de vida reta (1Co 11.1; 2Tm 2.22; Hb 13.7), Deus continua sendo a maior referência de pureza para o qual devemos olhar:

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (1Pe 1.15-17).

Por fim, a santificação é ordenada a todo cristão como condição para a entrada na eternidade e a morada junto ao Deus santíssimo! Sem santificação ninguém verá a Deus (Hb 12.14).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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