opinião
O uso da tecnologia e o déficit de atenção nas pregações cristãs
Há cerca de quase um ano uma matéria publicada no G1 em São Paulo informou que o uso de smartphones e tablets é maior no Brasil do que no resto do mundo. Certamente, estes aparelhos portáteis com inúmeros recursos têm facilitado o cotidiano das pessoas tornando-as conectadas em tempo real, através das redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, entre outros.
Seja qual for o recinto: profissional, doméstico, acadêmico, de entretenimento ou religioso, lá estão eles sendo acionados ininterruptamente pelos inúmeros usuários que, por questões de necessidade ou por conveniência, gastam horas manuseando estes dispositivos.
Com toda esta tecnologia a serviço das pessoas, as igrejas cristãs sérias vivem um dilema, onde do começo ao fim do culto é possível encontrar alguém como que se estivesse em transe, não pelo poder de Deus, mas pelo efeito hipnotizador desta tecnologia.
Obviamente, não somos contra o uso destes aparelhos, e também não desconsideramos a grande monta que tais aparelhos e suas tecnologias têm para a sociedade em termos de ganho de tempo, entre outras notórias facilidades. O que destacamos aqui é a atenção dispensada no manuseio destes dispositivos, em detrimento à participação efetiva nos cultos pelos seus membros e frequentadores.
A situação se agrava no momento da exposição da Palavra de Deus. A pergunta central que muitos líderes eclesiásticos têm feito é: O que fazer para entreter esta geração de “conectados” no momento da pregação?
As igrejas têm apelado para os informativos no interior dos seus templos proibindo o uso de celulares nos cultos, mas esta ação não surtem mais efeito. Muitos levam seus tablets e smartphones nos cultos e os deixam ligados por terem acesso à bíblia através da internet ou por programas de download.
É no momento da pregação que o crente ao invés de ler a Palavra, cede à tentação de dar uma espiada na rede social ou em suas mensagens, e acaba ficando quase o culto todo ligado, não na pregação da Palavra, mas nos assuntos que estão “bombando” em sua rede virtual.
Lamentavelmente, o pregador acaba tendo que chamar a atenção de maneira coletiva ou tenta não se desconcentrar ao perceber que parte da igreja está com a sua atenção voltada para estes aparelhos e seus aplicativos.
No final das contas a pregação acaba e muitas pessoas, na sua maioria jovens, saem da igreja da mesma maneira que entraram. Em muitas situações isso ocorre não por que a pregação foi ruim, mas porque a mesma foi ignorada pelos seus ouvintes debruçados na troca de mensagens instantâneas em seus dispositivos portáteis.
Resta a direção das igrejas investir maciçamente na neutralização deste danoso modismo, dispor de estratégias de disseminação de informação quanto aos malefícios que isso traz para a vida espiritual dos cristãos, pois se a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Cristo, como a fé destes poderá ser posta à prova no momento da tentação?

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