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ONG denuncia existência de 264 presos políticos na Venezuela

A oposição e a Venezuela estão em diálogo desde o dia 13 de agosto no México.

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Nicolás Maduro
Ditador Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/YouTube)

Nesta segunda-feira (30) a ONG venezuelana Foro Penal, denunciou que há 264 pessoas detidas no país como “presos políticos”, ou seja, por causa da discordância com o governo.

O vice-presidente da organização, Gonzalo Himiob, disse no Twitter que “até o momento, no Foro Penal registramos 264 presos políticos na Venezuela. Além disso, 9.411 pessoas continuam sujeitas a processos penais arbitrários, por motivos políticos, mas sob medidas cautelares”.

De acordo com Himiob, há 249 homens presos, 15 mulheres e um adolescente. Destes, 130 são civis e 134 são militares.

O Foro Penal divulgou que desde 2012 está prestando assistência gratuita a mais de 12 mil detidos que foram libertados, e outras pessoas vítimas de violações dos direitos humanos. Desde 2014 15.743 prisões políticas foram registradas na Venezuela, afirmou o grupo.

Diálogo entre a Venezuela e a oposição

Sobre os presos políticos, a organização pediu que eles não sejam usados como “moeda de troca” no diálogo entre Nicolás Maduro e a oposição, que se iniciou no último dia 13, no México.

Um exemplo recente é o ex-deputado Freddy Guevara, que foi preso no início de julho, acusado de estar supostamente envolvido com grupos paramilitares. A oposição afirma que ele é um “preso político”.

Guevara foi solto no dia 15 deste mês, dois dias após o início do diálogo entre o governo venezuelano e a oposição. A oposição considerou que as acusações de terrorismo e traição contra Guevara são uma “invenção de mentes criminosas”.

Alfredo Romero, presidente do Foro Penal, defendeu a negociação para solucionar os problemas que a Venezuela passa neste momento, e que os “presos políticos” podem ser usados para beneficiar os dois lados, segundo a EFE.

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