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Otoni é apelidado de ‘neopetista’ após derrota na bancada evangélica

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Otoni de Paula neopetista

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), conhecido por sua proximidade com Lula (PT), saiu derrotado da eleição da bancada evangélica. Apelidado de “neopetista”, o parlamentar é visto com desconfiança por parte dos fiéis.

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O apelido surgiu após ele ser mencionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que sugeriu que sua candidatura à presidência da Frente Parlamentar Evangélica seria um ato de “alta traição”. Em resposta, Otoni de Paula afirmou que a Frente Evangélica não deve ser vista como uma extensão dos interesses bolsonaristas, enfatizando: “A Frente Parlamentar Evangélica não é um puxadinho de Bolsonaro, nem dos interesses do bolsonarismo”.

O deputado também buscou afastar qualquer ideia de “dupla personalidade” em relação ao governo petista, destacando que, embora tenha respeito por Bolsonaro e sua trajetória, sempre foi aliado do ex-presidente nos momentos mais difíceis.

“Tenho um profundo respeito pelo presidente Bolsonaro e por sua história de vida. Sempre fui um aliado do presidente Bolsonaro nas piores horas, e ele sabe disso”, afirmou. Além disso, Otoni ironizou a crítica de Bolsonaro, sugerindo que o ex-presidente poderia acompanhar suas redes sociais, onde supostamente ele defende o antigo aliado e também faz críticas ao governo atual.

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Em outubro de 2024, Otoni de Paula gerou polêmica ao liderar uma bênção ao presidente Lula durante a assinatura da lei que instituiu o Dia da Música Gospel. Na ocasião, ele elogiou o governo petista, que tem sido alvo de críticas do segmento evangélico por suas posições em temas como a descriminalização das drogas, aborto e a promoção da agenda LGBT+.

“Nossas escolhas são pautadas em crenças e valores. Não temos um dono, senhor presidente. Somos um corpo plural em nossa visão de mundo, a partir do nosso entendimento das santas escrituras”, declarou Otoni.

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Esse gesto provocou reações negativas, incluindo críticas do pastor Silas Malafaia, que afirmou que a bancada evangélica não se aproximaria de Lula. Malafaia sugeriu que Otoni estava tentando agradar a ambos os lados, o que gerou desconforto entre evangélicos. Como consequência, Otoni de Paula deixou o grupo de WhatsApp da bancada evangélica, indicando um afastamento das discussões internas.

Nas redes sociais, o analista Leandro Ruschel, conhecido por sua forte presença no X (antigo Twitter), chamou Otoni de “neopetista”, fazendo referência à sua tentativa de se aproximar do governo Lula, mesmo após uma derrota na votação para a liderança da bancada evangélica.

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Ruschel destacou que, embora derrotado, o fato de Otoni ter obtido 61 votos na disputa, com uma expressiva base de apoio, é preocupante, especialmente considerando sua aproximação com o governo atual.

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