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Pagamento com a mão assusta empresário que visitou a China

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Durante uma viagem recente à China, o empresário Caito Maia, fundador da marca de óculos Chilli Beans, compartilhou nas redes sociais um vídeo que rapidamente viralizou. Nas imagens, ele mostra uma tecnologia de pagamento por biometria da palma da mão e reconhecimento facial, métodos que dispensam o uso de celulares, cartões ou carteiras físicas.

A repercussão foi imediata no Brasil. Usuários reagiram com surpresa e até preocupação, associando o recurso a cenários de controle absoluto e comparando-o a um contexto “apocalíptico”. Apesar disso, na China, esse tipo de tecnologia já está presente em diversas situações cotidianas e é amplamente aceito pela população.

O sistema é desenvolvido pela Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia do país. A tecnologia de leitura da palma utiliza câmeras infravermelhas que identificam veias e padrões biométricos únicos, o que, segundo a empresa, é ainda mais preciso do que o reconhecimento facial. Ainda que existam estudos sobre o uso da íris para fins de pagamento, não há registros atuais de sua implementação prática.

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De acordo com o jornal britânico The Guardian, o reconhecimento facial já é usado na China desde 2019. O sistema é aplicado tanto em estabelecimentos comerciais quanto em ambientes públicos, como transportes e centros urbanos, sendo parte de uma infraestrutura tecnológica mais ampla ligada à vigilância estatal.

Outro ponto destacado é o uso do WeChat, o superaplicativo chinês, que centraliza diversos serviços em uma única plataforma: pagamentos, reservas, redes sociais e comunicação. Trata-se de uma das poucas ferramentas autorizadas oficialmente no país para essas funções. Nele, cidadãos podem pagar contas, fazer compras, conversar com amigos e acessar conteúdos, sempre dentro dos limites definidos pelo governo.

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Na China, plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp, X (antigo Twitter), YouTube e Telegram são bloqueadas. O acesso à internet é rigidamente controlado pelas autoridades locais por meio do chamado “Grande Firewall da China”, um sistema de censura e vigilância que restringe conteúdos estrangeiros e regula o tráfego de dados. O governo justifica tais medidas com base em princípios de soberania digital e segurança nacional.

O caso levantado por Caito Maia repercutiu por evidenciar as diferenças de uso da tecnologia e liberdade digital entre os países. Embora a inovação chame atenção pelo avanço técnico, ela também levanta questionamentos sobre liberdade individual, privacidade e controle estatal — temas que têm sido debatidos em diversos fóruns, inclusive por lideranças cristãs ao redor do mundo.

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