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Paquistão: missionário brasileiro ‘compra’ cristãos escravos e os liberta
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O missionário brasileiro Claudinei Vicente tem se destacado por seu trabalho humanitário no resgate de cristãos em situação de escravidão no Paquistão, especialmente em Lahore, onde milhares de famílias, predominantemente cristãs, vivem sob condições de servidão nas fábricas de tijolos. Este resgate tem sido realizado com o apoio da igreja local, que é liderada pelo pastor Simon.
Nas fábricas de tijolos de Lahore, muitas famílias, devido a dívidas herdadas de gerações anteriores, são forçadas a trabalhar em condições sub-humanas. Recentemente, Claudinei conseguiu libertar quatro famílias cristãs dessas condições, um marco significativo em seu trabalho.
Em uma publicação nas redes sociais, ele compartilhou a emoção do momento: “Acabei de assinar a libertação dessa família. Nunca imaginei que colocaria minha assinatura em um acordo de soltura. Agora eles são livres”.
Essa libertação foi possível graças às doações e ao apoio contínuo da igreja local, que também mantém escolas nas fábricas para oferecer educação aos filhos dos trabalhadores, proporcionando-lhes oportunidades para um futuro melhor. As escolas têm sido uma ferramenta essencial no processo de transformação da vida dessas famílias.
Durante a libertação da primeira família, Claudinei teve a oportunidade de orar tanto pelos ex-escravos quanto pelo proprietário da fábrica de tijolos, que é muçulmano. Ele relatou: “O muçulmano, dono da fábrica, pediu para eu fazer uma oração antes de liberá-los. Só Deus pode fazer isso!”. Embora as famílias cristãs não possuam um templo formal para cultuar, os donos das fábricas têm permitido que elas se reúnam ao ar livre para realizar cultos, respeitando a liberdade religiosa dos trabalhadores.
Além de seu trabalho de resgate, Claudinei tem se dedicado à distribuição de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade no Paquistão. Ele tem atuado em 14 países e, em 2024, já havia libertado outra família de cinco pessoas. O custo médio para libertar uma família é de aproximadamente US$ 1.800 (cerca de R$ 10.400).
Um dos métodos usados pelos donos das fábricas para manter as famílias em servidão é a oferta de empréstimos com juros exorbitantes, muitas vezes solicitados para cobrir despesas urgentes, como tratamentos médicos, casamentos ou aluguel. Com o tempo, as dívidas se tornam impagáveis, e as famílias são forçadas a trabalhar nas fábricas para saldar a dívida, envolvendo mulheres e crianças no processo.
Claudinei tem incentivado as pessoas interessadas em contribuir com sua missão a entrar em contato diretamente por meio de suas redes sociais, onde compartilha informações sobre como ajudar, conforme divulgado pela revista Comunhão.

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