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Pastor fala sobre o dia em que superou preconceito contra cantores gospel

Luiz Sayão contou sua experiência em um grande evento gospel na Europa.

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Pastor Luiz Sayão
Luiz Sayão (Foto: Reprodução/Arquivos Pessoais)

O pastor e teólogo hebraísta Luiz Sayão, diretor da Faculdade Batista de São Paulo, compartilhou um testemunho impactante no Instagram, sobre o dia em que superou o preconceito contra cantores gospel.

Acadêmico respeitado, Sayão comentou que o episódio aconteceu há cerca de 15 anos, quando estava na Europa e foi convidado para trazer uma palavras em um encontro de cantores gospel de expressão. Ele relata que foi alertado sobre o comportamento dos participantes.

“Logo, fui alertado. Esse pessoal é complicado, extremado, super pentecostal, sem teologia, muitos não têm ética. Não é pra você. Ouvi muita coisa. Não houve nenhuma troca financeira. Nem recebi, nem doei coisa alguma. Tudo transparente. Eu senti em mim que deveria ver de perto aquilo que era tão temido pelo mundo dos ‘sábios da academia'”, comentou Sayão.

De acordo com o respeitado pastor, ao participar do evento ele não viu “cantores gospel”, mas sim pessoas, irmãos na fé, descrevendo a experiência como “incrível”. Mesmo com o que chamou de “som pesado”, o pastor testemunha ter visto um movimento de oração e missão.

“Confesso que não vi cantores gospel. Vi pessoas. Gente. Irmãos. Foi incrível. Claro que o ‘som pesado’ e o jeito intenso e até extravagante de adorar de alguns eram difíceis pra mim. Mas, vi que tudo aquilo era um movimento de oração e missão em favor da Europa”, escreveu.

Além disso, ele conta que havia um coração por trás de toda ‘santa confusão'”. “Ainda preso à minha prepotência teológica, notei que uma moça adorava a Deus intensamente, com lágrimas. Ela me pareceu brasileira. Fui falar com ela. Nada de português. Vinha de um país árabe e tinha encontrado o Senhor e se derramava. Aquilo me impactou”, continuou.

Luiz Sayão conta que terminado o encontro, teria ficado “olho no olho” com os artistas gospel, relatando ter desmoronado, pois viu sinceridade.

“Terminado o encontro, fiquei olho no olho com as ‘estrelas gospel’. Desmoronei. Vi sinceridade, vida cheia de lutas, dores, dúvidas teológicas que se abriram ali e muita comunhão. Conheci mais de perto alguns deles, família, filhos, e até de modo mais próximo em viagens pelo mundo”, contou o pastor.

Algo que lhe impactou bastante, segundo seu relato, foi quando um deles disse ter pensado que ele não viria para não se contaminar em um evento daqueles, pois ninguém do “mundo da teologia” aceitaria o convite.

“Achei difícil ouvir um deles me dizer: achei que você não viria. Ninguém do mundo da teologia ‘se contaminaria’ num evento nosso. Como é fácil absolutizar nossa experiência limitada e trazer juízo apressado sobre os outros”, comentou.

Por fim, ele afirma ter encontrado Deus naquele grande encontro gospel, mas que não entende como o convite surgiu sem que nada fosse pautado.

“Eu aprendi muito e hoje penso: como tiveram coragem de me convidar sem exigir ou pautar nada? Não sei explicar. Acho que Deus gosta de brincar de esconde-esconde comigo. Ele manda essa criança aqui procurar, e fico tentando achar. Onde ele está? No grande encontro gospel, ele estava escondido atrás das lágrimas da moça árabe no meio de um som barulhento. Quando vi, ele me disse: ACHOU”, finaliza.

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