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PF investiga Malafaia por ‘golpe’; pastor reage: ‘Não tenho medo’

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A Polícia Federal (PF) incluiu o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC, em um inquérito aberto em maio para apurar supostas ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF), autoridades e agentes públicos. A investigação também apura uma suposta tentativa de buscar sanções internacionais contra o Brasil.

O inquérito envolve ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, as ações teriam o objetivo de atrapalhar o processo no qual Jair Bolsonaro é réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os crimes investigados estão coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

No dia 14 de agosto, Malafaia se pronunciou nas redes sociais, classificando a investigação como “perseguição política”. Ele afirmou reconhecer a importância da PF, mas alegou que há setores da corporação “a serviço de Lula e de Alexandre de Moraes”. O pastor reclamou por ter tomado conhecimento da inclusão no inquérito pela imprensa.

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“Como eu não sou notificado e a Globo sabe antes? Isso é uma vergonha”, questionou.

O pastor ironizou as suspeitas de que teria buscado sanções internacionais contra o Brasil, afirmando não falar inglês nem ter contato com autoridades estrangeiras. Ele negou ter cometido crimes e sustentou que suas manifestações públicas contra Alexandre de Moraes se limitam a questionamentos sobre supostos descumprimentos da lei.

“Todas as manifestações que eu coordenei, que eu cito ele, [é tudo] baseado na lei, nos crimes que ele tem cometido, e que grande parte da imprensa encobre. Não tenho medo. Pode vir do jeito que vocês quiserem, pode investigar. Querem calar os opositores”, declarou.

Do exterior, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou nas redes sociais que o pastor “não será intimidado”.

“Eles estão achando que vão intimidar o pastor Malafaia? Convidar pessoas para irem às ruas virou crime?”, escreveu.

Em outra publicação, o parlamentar citou Moraes:

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“Estava demorando. Como previmos, Moraes segue dobrando a aposta. Desta vez para cima do pastor Malafaia. Qual crime teria o pastor cometido? Convidado os brasileiros para estarem pacificamente nas ruas se manifestando, só pode ser. O Brasil já virou uma Venezuela”.

No mesmo vídeo, Malafaia comparou a atuação da PF a práticas da “Gestapo do nazismo” e da “KGB da União Soviética”, afirmando que o Brasil está “caminhando para a venezuelização”.

“Eu não vou me calar, porque eu não tenho medo de vocês. Isso, para mim, soa como algo em que eu vou me posicionar duramente, baseado na Constituição”, disse.

O pastor classificou o inquérito como “farsa de pseudogolpe” e fez um apelo a parlamentares e ministros do STF:

“Está aí, Supremo Tribunal Federal. Está aí, senadores e deputados. Quem vai parar isso? Que país é esse? Que democracia é essa? É uma vergonha o que estamos assistindo. E se preparem, porque eu vou botar para quebrar. Vocês não me calam. Não tenho medo de prisão. E não tenho medo de investigação política, de pura perseguição. É o que eu tenho a declarar por enquanto”.

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