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Rick Warren pede desculpa por post sobre a cruz

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Rick Warren pede desculpa por post sobre a cruz

O pastor e autor best-seller Rick Warren, fundador da Igreja Saddleback, veio a público nesta semana para se desculpar após a polêmica gerada por uma postagem no X (antigo Twitter). O tuíte, que acumulou 3,5 milhões de visualizações antes de ser deletado, sugeria que a posição central de Jesus na crucificação indicaria que Ele seria um centrista político nos dias atuais.

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O tuíte original

Na publicação, Warren citou João 19:18 – “Eles crucificaram Jesus com outros dois — um de cada lado e Jesus no meio” – e acrescentou:

“Os caras de ambos os lados eram ladrões. Se você está procurando pelo #verdadeiroJesus, não uma caricatura desfigurada por motivações partidárias, você o encontrará no meio, não em nenhum dos lados.”

A postagem gerou forte reação, especialmente de líderes e teólogos cristãos que criticaram a interpretação de Warren, alegando que ele teria forçado uma leitura política do texto bíblico. Justin Peters, pregador e professor de ensino expositivo, afirmou:

“Isso é, infelizmente, típico da abordagem de Rick Warren às Escrituras. Isso teria sido ridicularizado pela hermenêutica bíblica no primeiro dia. A hermenêutica básica dita que você se esforce pela intenção autoral, e esse definitivamente NÃO é o ponto que o autor estava levantando. Isso não é apenas embaraçoso, é imperdoável.”

Desculpas

Diante da repercussão, Warren deletou a postagem e, posteriormente, publicou um pedido de desculpas:

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“Peço desculpas. Escrevi mal. Não acredito que Jesus fosse centrista. Ele está muito acima de tudo. ‘Meu reino não é deste mundo…’ (João 18:36). Jesus exige nossa total fidelidade como o centro de nossas vidas”.

A retratação foi bem recebida por alguns, incluindo Sean McDowell, professor associado de Apologética Cristã na Universidade Biola, que respondeu:

“Amo você, irmão. Obrigado por levar as críticas a sério e responder gentilmente”.

Kevin Foster, pastor da LifeBridge Community Church, defendeu Warren contra as críticas mais severas:

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“Você é uma lenda e nós apreciamos o que você fez pelo Corpo de Cristo e o que você continua fazendo”.

Críticas persistentes

No entanto, outros ainda demonstraram insatisfação com a retratação de Warren. Robert A.J. Gagnon, pesquisador visitante no Seminário Bíblico Wesley, escreveu um artigo de opinião no The American Spectator, onde declarou que o real problema do tuíte original não era apenas a hermenêutica, mas a tentativa de equiparar partidos políticos em termos de proximidade a Cristo:

“O problema real, que você não aborda em seu mea culpa, foi que você fez uma afirmação exegeticamente indefensável sobre as Escrituras para reivindicar autoridade divina para uma posição politicamente indefensável de que o Partido Democrata não está mais longe de Jesus do que o Partido Republicano.”

Sean Davis, fundador do Federalist, foi ainda mais contundente ao sugerir que Warren estaria tentando intimidar cristãos conservadores e se alinhar aos valores culturais progressistas:

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“Você confessou muito claramente seu verdadeiro ídolo — o desejo de ser amado pelo mundo e especialmente por seus formadores de opinião culturais de elite — quando distorceu a crucificação de Cristo e a história do ladrão que foi salvo através do arrependimento do pecado e do reconhecimento de Cristo como o Messias em uma fábula política moderna e banal.”

Davis também afirmou no X que Warren, ao sugerir uma posição política centrista, estaria ajudando a esquerda a enfraquecer cristãos conservadores:

“Todos nós vemos o que vocês estão fazendo, e não vamos mais aceitar isso.”

O debate

O episódio reacendeu discussões sobre a relação entre fé cristã e política. Enquanto alguns defendem uma postura mais apartidária, outros ressaltam que certas pautas políticas possuem implicações morais e bíblicas que não podem ser relativizadas.

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