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A sequência do longa bíblico A Paixão de Cristo, dirigida por Mel Gibson, foi oficialmente anunciada como um projeto em duas partes. Intitulada A Ressurreição de Cristo, a primeira parte será lançada na Sexta-feira Santa de 2027, enquanto a segunda está prevista para 40 dias depois, coincidindo com o Dia da Ascensão, conforme divulgado em 05 de agosto pela Lionsgate e a Icon Productions. Lançado originalmente em 2004, A Paixão de Cristo se consolidou como um marco do cinema independente. Com um orçamento de US$ 30 milhões, arrecadou mais de US$ 610 milhões mundialmente, tornando-se o filme de classificação restrita para maiores com maior bilheteria na história dos Estados Unidos até o ano de 2023. A narrativa centrava-se nas últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré, destacando o sofrimento e a crucificação de forma intensa e realista. A nova produção contará com Mel Gibson na produção ao lado de Bruce Davey, parceiro de longa data sob o selo da Icon Productions. Segundo Adam Fogelson, presidente do Lionsgate Motion Picture Group, “para muitas, muitas pessoas ao redor do mundo, ‘A Ressurreição de Cristo’ é o evento cinematográfico mais aguardado de uma geração”. Ele acrescentou: “É também um filme cinematográfico inspirador e espetacularmente épico que deixará os espectadores do mundo todo sem fôlego”. Fogelson, que já trabalhou com Gibson anteriormente, afirmou ainda: “Mel é um dos maiores diretores da atualidade, e este projeto é profundamente pessoal para ele. É a vitrine perfeita para seus talentos como cineasta”. De acordo com informações divulgadas previamente, as filmagens devem começar em agosto de 2025 nos Estúdios Cinecittà, em Roma — o mesmo local onde foi gravado o filme de 2004. Outras locações confirmadas incluem Matera, Ginosa, Gravina Laterza e Altamura, todas na Itália. Jim Caviezel, que interpretou Jesus no primeiro filme, retorna ao papel. Também voltam Maia Morgenstern como Maria e Francesco De Vito como Pedro. Para adaptar-se à idade do elenco, Gibson revelou que utilizará técnicas avançadas de rejuvenescimento digital: “Elas são muito boas agora”, disse ele em entrevista ao podcast de Joe Rogan, em janeiro. Na mesma ocasião, o diretor descreveu o roteiro como “uma viagem de ácido”, afirmando que “nunca leu nada parecido”. Segundo ele, o projeto explora dimensões espirituais complexas e simbólicas da ressurreição, buscando retratar com profundidade os eventos sobrenaturais que sucederam a crucificação. Jim Caviezel relatou que está se preparando espiritualmente para o papel, utilizando como base de estudo o livro Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, de C.S. Lewis. Ele explicou: “Estou abordando Ressurreição com mais perspectiva do que tinha duas décadas atrás... Desta vez, eu realmente quero viver o momento. Quero aproveitar este”. O ator também afirmou que o desafio continua sendo espiritual e pessoal: “Isso é uma guerra... O mundo não gostou de A Paixão de Cristo, e isso é bom. Então, fizemos um bom trabalho”. De acordo com o The Christian Post, Mel Gibson, por sua vez, declarou em entrevista de 2022 que se sente atraído por histórias que ressaltam a necessidade de redenção. “Desde pequeno, aprendi que somos falhos e que vamos cometer erros. Estamos quebrados e precisamos de ajuda”, afirmou. “Normalmente, a melhor maneira de obter ajuda é pedindo. E, bem, a quem pedimos? Estamos pedindo algo melhor do que nós. E no minuto em que você reconhece que existe algo melhor do que você, pode receber algo que se assemelha à humildade, que é realmente a chave para tudo”.