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Tensão no Iraque aumenta após tentativa de assassinar primeiro-ministro

Primeiro-ministro do Iraque sofre ataque e enfrenta forte oposição de milícias apoiadas pelo Irã.

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A tentativa de assassinato contra o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, no domingo (7) aumentou as tenções seguidas após eleições parlamentares do mês passado, as quais as milícias apoiadas pelo Irã perderam.

Tropas e patrulhas se implantaram ao redor de Bagdá e perto da fortificada Zona Verde da capital, onde ocorreu o ataque durante a noite, enquanto helicópteros circularam Bagdá ao longo do dia. Partidários da milícias apoiadas pelo Irã se reuniram fora da Zona Verde como protesto exigindo a recontagem de votos.

Mustafa al-Kadhimi sofreu um corte leve e apareceu para um discurso televisionado logo após o ataque de pelo menos dois drones armados à sua residência. De acordo com oficiais americanos, sete guardas da segurança foram feridos durante o ataque.

Diversos líderes mundiais, entre eles o presidente francês Emmanuel Macron, o rei da Jordânia Abdullah II e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, condenaram o ataque, oferecendo palavras de apoio à Al-Khadim.

De acordo com a CBN News, a Arábia Saudita descreveu o ataque como um aparente ato de terrorismo enquanto Abdel Fattah el-Sissi, presidente do Egito, pediu no Facebook a todos os lados do Iraque unir forças para preservar a estabilidade do país.

Ninguém foi responsabilizado, mas a suspeita imediatamente caiu sobre as milícias apoiadas pelo Irã, que tinham sido culpados por ataques anteriores à Zona Verde, que também abriga embaixadas estrangeiras. Os líderes da milícia condenaram o ataque, mas a maioria procurou minimizá-lo.

Foi uma escalada dramática na situação que já estava tensa após a votação de 10 de outubro e os resultados que fizeram com que as milícias apoiadas pelo Irã perdessem cerca de dois terços de seus assentos.

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