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Transplante de útero pode permitir que homens biológicos gerem filhos

A cirurgia abre novas possibilidades para “transexuais” que desejam ter filho.

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Médicos em cirurgia (Foto: Reprodução/YouTube)

No Reino Unido, o primeiro transplante de útero foi realizado no início do ano, mas a notícia só veio a público recentemente. A cirurgia abre novas possibilidades para “transexuais” que desejam ter filhos, de acordo com a CNN.

Especialistas destacam que ainda há um longo caminho a percorrer antes que mulheres transgênero (biologicamente homens) possam passar pelo procedimento de transplante de útero e engravidar.

A forma como a notícia foi apresentada levanta preocupações, já que utiliza o termo “mulher cisgênero” para se referir a uma mulher biologicamente nascida mulher e que se identifica com o gênero designado ao nascimento. Isso pode causar confusão, pois, na realidade, ambos os termos se referem a pessoas cuja identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento, mas a escolha de destacar o termo “cisgênero” promove a ideologia trans.

A paciente, uma “mulher cisgênero” de 34 anos, passou pelo transplante no Hospital Churchill, em Oxford, em fevereiro, com o útero doado por sua irmã de 40 anos.

O cirurgião ginecológico Richard Smith, que participou da cirurgia, afirmou que a paciente está indo bem e já começou a menstruar, o que aumenta suas chances de engravidar. No entanto, ela ainda precisa continuar a terapia imunossupressora e ser monitorada de perto. A equipe planeja fazer uma transferência de embriões no outono (primavera no hemisfério Sul).

O transplante envolveu cerca de 20 profissionais de saúde, incluindo a cirurgiã Isabel Quiroga, que descreveu a paciente como extremamente feliz e emocionada após o procedimento.

Embora este seja o primeiro transplante de útero no Reino Unido, esse tipo de cirurgia foi realizado pela primeira vez na Arábia Saudita em abril de 2000, em uma mulher de 26 anos.

Em relação à expectativa de homens biologicamente nascidos receberem um útero feminino para engravidar e dar à luz, o Dr. Smith afirmou que ainda há um longo caminho a percorrer. Ele acredita que isso pode levar de 10 a 20 anos, pois existem muitos desafios técnicos e médicos a serem superados antes que essa possibilidade se torne realidade.

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