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arqueologia bíblica

Tábua dos Dez Mandamentos é vendida em leilão com valor surpreendente

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Tábua rara dos Dez Mandamentos é vendida em leilão com valor surpreendente

Uma tábua de pedra que foi descrita pela Sotheby’s como a mais antiga do mundo a registrar os Dez Mandamentos foi vendida na última quarta-feira, 18 de dezembro, por uma quantia milionária que surpreendeu a todos.

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O comprador pagou pouco mais de US$ 5 milhões pelo artefato. Anônimo, o novo dono revelou à casa de leilões que planeja doá-la a uma instituição israelense.

A venda ocorreu após especialistas levantarem questões sobre a procedência e autenticidade do item, que tem semelhanças com o texto do Decálogo Samariano, um registro da lei mosaica mantido pelo povo que um dia havia sido o Reino do Norte em Israel.

A Sotheby’s disse que a tábua pode ter cerca de 1.500 anos, do final da era romano-bizantina. Ela pesa 52,1 kg, tem 60 centímetros de comprimento e é esculpida em uma versão inicial do hebraico, agora chamada de Paleo-Hebraico, disse a casa de leilões.

A Sotheby’s estimou que a tábua seria vendida por entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, mas o lance vencedor ultrapassou esse valor, chegando a US$ 5,04 milhões após mais de 10 minutos de lances intensos, disse a casa de leilões de Nova York.

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“O resultado reflete a importância incomparável deste artefato”, disse Richard Austin, chefe global de livros e manuscritos da Sotheby’s, em um comunicado. “Estar diante desta tábua é uma experiência diferente de qualquer outra — ela oferece uma conexão direta com as raízes compartilhadas de fé e cultura que continuam a moldar nosso mundo hoje”.

De acordo com o homem que descobriu a tábua em 1943, Jacob Kaplan, a pedra foi encontrada em 1913 enquanto uma ferrovia estava sendo construída perto da costa do que é hoje o sul de Israel. Ela foi usada como uma soleira em uma casa e foi afundada na terra com sua inscrição voltada para cima, disse Kaplan na época.

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Kaplan, que morreu em 1989, publicou suas descobertas em um periódico acadêmico, The Bulletin of the Jewish Palestine Exploration Society, em 1947.

A tábua chegou a um negociante de antiguidades israelense em 1995 e depois ao Living Torah Museum no Brooklyn. Foi comprada em 2016 por um colecionador, Mitchell S. Cappell, por US$ 850 mil, e agora ele a vendeu no leilão, de acordo com informações do The New York Times.

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