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opinião

Vício em pornografia: uma abordagem científica

Em certo sentido, o vício em pornografia assemelha-se ao vício das drogas

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Começamos este artigo definindo o conceito de pornografia. É bem verdade que, dependendo da fonte literária ou texto consultado, o significado pode variar. A Wikipédia, por exemplo, dar-lhe o sentido de “qualquer material que desperta pensamentos sexuais de forma vulgar e explícita”[1].

O dicionário online Caldas Aulete, por sua vez, declina pornografia como qualquer “texto, foto, desenho, filme etc. que, com o objetivo único da excitação ou satisfação sexual das pessoas, apresenta ou descreve pessoas nuas ou copulando”[2]. Fundamentados nessas duas acepções, podemos concluir que a pornografia sempre está relacionada ao consumo de material que propague a nudez, bem como a divulgação do comportamento humano voltado para o despertamento da libido e das práticas sexuais.

Através dos milênios, seres humanos construíram e lançaram mão de vários veículos culturais para divulgarem a pornografia. Esculturas, pinturas, escritos, gravuras, peças teatrais, fotografias, filmes e vídeos são exemplos de como a pornografia sobreviveu e sofisticou-se ao longo do tempo. Hoje, porém, a internet tem sido o carro-chefe dessa devassidão, por ser mais acessível, barata e discreta para os seus usuários.

Como a internet é um sistema mundial que interliga computadores espalhados por várias partes do planeta, ela tem um poder de propagação de dados e informações descomunal. Para termos uma ideia, ao digitarmos a palavra “porn” no mecanismo de pesquisa do site de busca Google, encontraremos cerca de dois bilhões de sites relacionados ao tema! Absurdo!

Com esse arsenal pornográfico monstruoso na web, milhões de pessoas são seduzidas e fisgadas diariamente por ele, tornando-se facilmente viciadas. E, no processo do vício, vão acontecendo algumas mudanças significativas no cérebro do adicto, segundo o pesquisador americano Gary Wilson[3]. Wilson é um neurocientista que estuda o impacto da pornografia sobre o cérebro.

De acordo com as pesquisas feitas por Wilson[4], com o surgimento da internet em banda larga, vem acontecendo um fenômeno interessante entre os homens, especialmente entre os jovens: a disfunção erétil induzida pela pornografia. Isso mesmo! O consumo excessivo de pornografia causa impotência sexual!

Segundo Wilson, os homens viciados em pornografia sentem-se muito mais atraídos pelas imagens eróticas que veem na internet do que por mulheres reais. Em outras palavras, o ato de treinarem o cérebro para ficar recebendo altas doses de impressões pornográficas ao longo dos anos, acarretou-lhes uma notória insensibilidade sexual para com suas parceiras.

Nesse sentido, o vício em pornografia assemelha-se ao vício das drogas, em que, geralmente, o viciado passa a usar quantidades ou doses maiores para conseguir se aproximar ou tentar chegar ao prazer que sentiu antes, quando utilizou, pela primeira vez, determinado (s) entorpecente (s). E a necessidade de mais estímulos vai causando aos poucos, no consumidor de pornografia, a dessensibilização peniana, além de outras consequências deletérias: antissociabilidade, procrastinação, falta de energia, ejaculação retardada, ausência de libido, disfunção erétil, depressão, desejo de suicídio etc..

Wilson afirma que a dopamina – um neurotransmissor – é responsável para motivar as pessoas a terem prazer na vida e realizar coisas: trabalhar, estudar, divertir-se etc.. Ele ainda afirma que, com o uso excessivo de pornografia, os níveis de dopamina no cérebro diminuem drasticamente, fazendo com que o viciado acesse cada vez mais materiais pornográficos na internet para alcançar um prazer mais intenso. Assim, saturando-se os receptores de dopamina, o adicto produzirá menos dopamina, que lhe deixa com menos prazer sexual.

Diante dessas palavras, recomendo ao (à) leitor (a) a análise das referências disponibilizadas abaixo, porque nelas há muito mais informações importantes acerca desse assunto. E, caso esteja viciado em pornografia e masturbação, “o segredo é parar de usar pornô”, diz Wilson.

Permitindo Deus, escreveremos um novo artigo sobre esse tema. Porém, abordaremos a pornografia à luz das Escrituras Sagradas. Até o próximo artigo.

Referências

[1] WIKIPÉDIA. Pornografia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Pornografia>. Acesso em: 13/08/2016.
[2] “Pornografia.”. Dicionário Online Caudas Aulete. Disponível em:< http://www.aulete.com.br/pornografia>. Acesso em: 15/08/16.
[3] Vício em Pornografia. Disponível em: <http://vicioempornografiacomoparar.com/vicio-em-pornografia-o-que-e/>. Acesso em: 15/08/16
[4] Entrevista com Gary Wilson. Disponível em: <http://vicioempornografiacomoparar.com/entrevista-com-gary-wilson/>. Acesso em: 15/08/16.

Casado. Presbítero na Igreja Batista Missionária Kadosh, em Recife - PE. Blogueiro evangélico desde abril de 2010. Formado em Teologia (Curso Livre). É pedagogo (professor) e pós-graduado em Coordenação Pedagógica.

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