estudos bíblicos
A mordomia da adoração
Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 6 do trimestre sobre “Tempo, Bens e Talentos”.
III. Gestos e atitudes na adoração a Deus
Deus não está interessado em “caras e bocas” para sairmos bonitos na foto durante os cultos para as redes sociais, nem está também interessado em pregadores e cantores performáticos, cheios de pose para as câmeras fotográficas. Ele quer nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável! Quando a vaidade pessoal prevalece, então o crente passa a venerar a própria imagem (egolatria) e deixa de ser um adorador do único que é Digno! Aprendamos com os salmistas: “Não a nós, SENHOR, não a nós! Mas ao teu nome dá glória” (Sl 115.1).
1. Ajoelhar-se e prostrar-se
O ato de encurvar-se perante o altar do Senhor, perante a arca da aliança ou na direção do Templo era muito comum entre os judeus, como um reverente ato de adoração. Esse ato frequentemente envolvia uma prostração “até o solo”, onde o adorador lançava literalmente sua face no pó! (Confira: 2Cr 20.18; Jó 42.5,6; Sl 95.6; 1Co 14.25)
Porém, lembra-nos Peterson, que este gesto “só era significativo se expressasse reconhecimento à majestade e santidade de Deus e um desejo de reconhece-lo como rei”. O ato de ajoelhar-se, colocar a cara no pó, rasgar as vestes, descabelar-se e até mesmo realizar jejuns prolongados seriam todos inúteis se não fossem acompanhados de sincera devoção, humilhação e quebrantamento no mais profundo do ser! (Sl 51.17).
Com base no texto de 2Crônicas 7.14 aprendemos que na genuína adoração deve haver: humilhação, oração, busca e conversão ao Senhor. Dobrar os joelhos, mas não inclinar os ouvidos para a Palavra de Deus, ou prostrar-se diante do púlpito, mas não reverenciar a Deus na família e no trabalho, é mera encenação! Um teatro que Deus não vai aplaudir, como dizia Eugene Peterson, autor da Bíblia A Mensagem.
2. Louvar e cantar
Dizia C.S. Lewis que “louvar é cantar a beleza do Criador”. Seja no culto congregacional, seja nos nossos devocionais diários ou em tantas oportunidades quantas tivermos ao longo do dia (mesmo em afazeres domésticos e trabalhos profissionais), o louvor é um instrumento poderoso para elevar-nos à presença do Senhor, nos auxiliar em nossas orações e ainda afugentar pensamentos maus que vêm nos assolar constantemente.
Diz o ditado que quem canta seus males espanta. De fato, o louvor espanta a murmuração, espanta a inquietação da alma, espanta os pensamentos impuros, espanta a tristeza e a ansiedade… De tal modo é importante o louvor, que na Bíblia temos um livro que é um verdadeiro hinário sagrado, o livro dos Salmos! O que a Harpa Cristã, o Cantor Cristão ou o Salmos e Hinos são para nós hoje, assim era a coletânea dos Salmos para os antigos crentes de Israel.
Os poetas de Israel nos conclamam a cantar alegremente ao Senhor (SL 47.6; 150.6). Jesus cantou (Mt 26.30); os discípulos, ainda que sob situações tão adversas, cantaram (At 16.25); o apóstolo Paulo demonstrou sua afinidade pelo louvor nos reiterados apelos dirigidos às igrejas para que adorassem a Deus e se edificassem mutuamente através de “salmos, hinos e cânticos espirituais” (Ef 5.19; Cl 3.16). Até mesmo o cântico “em espírito”, isto é, o louvor em outras línguas concedidas pelo Espírito de Deus, o povo de Deus é estimulado a oferecer ao Senhor (1Co 14.15).
Se no culto congregacional a pregação é suprimida devido o excesso de oportunidades para o louvor, o que deve ser feito para corrigir este problema não é anular o louvor, nem menosprezar a importância dele para o culto cristão, antes, deve-se administrar melhor o tempo, avaliar a letra e a teologia dos hinos que estão sendo cantados, além de garantir tempo adequado para a exposição da Palavra de Deus. Tiago, irmão do Senhor, nos estimula a cantar: “Está alguém alegre? Cante louvores” (Tg 5.13).
Quando cantamos louvores, Deus é engrandecido pelo sacrifício dos nossos lábios (Hb 13.15) e nossa alma é fortalecida.
3. Glorificar a Deus
Glorificar a Deus não é uma tarefa, mas uma missão de vida! Não é mera expressão vocal de “glória a Deus!” ou “Aleluia!” durante um culto fervoroso, mas a exaltação que tributamos a Deus mediante nosso proceder diário. Como disse Paulo, “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Co 6.19).
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