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Bolsonaro é indiciado pela PF em caso de jóias sauditas

A Polícia Federal acusa o ex-presidente de ter participação no transporte e na comercialização dos itens preciosos nos EUA.

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O presidente Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Em mais um episódio de perseguição política, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pela retirada e venda de joias sauditas doadas durante sua gestão. A corporação decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por três crimes: lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato. A apuração foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, remeterá à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta ou não denúncia à Corte.

A Polícia Federal acusa o ex-presidente de ter participação no transporte e na comercialização dos itens preciosos nos EUA, que foram recebidos por ele como presidente em visita a Arábia Saudita. Além de Bolsonaro, foram indiciadas mais 11 pessoas, entre as quais o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; o pai dele, Mauro Cesar Cid; os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten; o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-chefe da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes.

Publicamente, Bolsonaro nega irregularidades. A defesa dele informou que vai se manifestar quando tiver acesso ao relatório da investigação.

Pelas redes sociais, Wajngarten afirmou que o indiciamento viola as prerrogativas da advocacia. “O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a lei”, declarou.

O senador Sérgio Moro (União-PR) criticou o indiciamento do ex-presidente, lembrando que o petista Lula também se apropriou de presentes recebidos quando estava na Presidência, lembrando que o petista foi condenado na Lava Jato por crimes cometidos, mas recebeu outro tratamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares”, pontuou o senador.

Cabe lembrar que Lula foi preso e condenado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas livrado da cadeia por manobra de ministros do STF, onde o PT tem maioria dos indicados.

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