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Contra o uso excessivo da tecnologia, igreja faz ‘jejum digital’ e resultado surpreende

O uso excessivo de tecnologia tem se tornado um problema que afeta a saúde mental, a interação social e a conexão espiritual das pessoas. Reflexos dessa realidade podem ser vistos no aumento de distúrbios psicológicos entre os jovens e nas dificuldades de engajamento nas comunidades. Pensando nisso, a Igreja City de Nashville, no Tennessee, liderada pelo pastor Darren Whitehead, iniciou um jejum digital com o objetivo de diminuir essas sequelas no cotidiano e restaurar as relações humanas e com Deus.
O conceito de um jejum digital surgiu de uma experiência pessoal do pastor, quando suas filhas expressaram o desejo de que ele usasse menos o celular. Whitehead, que já havia percebido o quanto a tecnologia estava afetando sua própria vida e a de seus congregantes, reconheceu esse pedido como um sinal de alerta.
“O uso excessivo dos dispositivos estava impedindo as pessoas de se conectarem profundamente com Deus, com os outros e até consigo mesmas”, afirmou ele.
Com o objetivo de incentivar uma prática espiritual coletiva, o jejum digital propôs que os participantes removesse todos os aplicativos desnecessários dos celulares, mantendo apenas funcionalidades básicas, como chamadas e mensagens.
Os resultados foram notáveis: os participantes redescobriram hobbies esquecidos, fortaleceram seus vínculos familiares e se dedicaram mais à oração e meditação. O pastor Whitehead destacou que, durante o processo, muitos membros da igreja começaram a perceber o que realmente era essencial em suas vidas.
Exemplo
O movimento gerou grande repercussão. Whitehead revelou que diversas igrejas ao redor dos Estados Unidos, com mais de 100.000 membros, já se inscreveram para participar do Jejum Digital em 2025. Igrejas de diferentes denominações também estão sendo convidadas a aderir à prática durante o mês de janeiro ou na Quaresma, aproveitando a oportunidade para refletir sobre o uso da tecnologia.
Além disso, a Igreja City de Nashville oferece uma versão paga do programa, que inclui recursos como sermões e aplicativos para monitorar o uso digital, ajudando as comunidades a se engajarem de forma ainda mais eficaz na proposta de renovação espiritual e desconexão da era digital.
O pastor Whitehead também compartilhou algumas dicas para um jejum digital bem-sucedido. Entre elas, sugeriu a compra de um despertador para evitar que o celular fosse a primeira coisa que as pessoas olhassem ao acordar. Além disso, ele orientou a evitar a televisão e aproveitar o tempo livre para cultivar amizades e dedicar-se à leitura de textos espirituais.
Em suas palavras, o Jejum Digital foi uma “peregrinação espiritual moderna pela selva da era digital”, e uma oportunidade para recuperar a sacralidade da presença e da atenção. “Foi uma jornada que não nos afastou da vida, mas nos levou à sua expressão mais plena”, concluiu Whitehead, destacando os frutos espirituais e relacionais que o jejum digital proporcionou à comunidade.
A proposta do jejum digital, que começou com uma simples reflexão pessoal, tornou-se um movimento significativo, com impacto que vai além da Igreja de Nashville, trazendo um novo ritmo à vida dos cristãos em um mundo cada vez mais imerso na tecnologia. Com informações: GospelMais.

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