sociedade
Funcionário é demitido por recusar falar linguagem neutra

Spencer Wimmer, um cristão residente em Wisconsin, protocolou na última semana uma queixa formal junto à Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos Estados Unidos (EEOC), alegando ter sido demitido da Generac Power Systems, Inc. por motivos de discriminação religiosa. Segundo o documento, Wimmer teria se recusado, por razões de consciência cristã, a utilizar o nome e os pronomes preferenciais de um colega de trabalho que se identifica como transgênero.
Wimmer trabalhou na Generac por quase cinco anos e afirma ter solicitado ao departamento de recursos humanos e ao seu supervisor uma acomodação religiosa para não ser compelido a contrariar suas crenças. De acordo com a denúncia, o pedido foi negado. O ex-funcionário sustenta ainda que sua conduta não foi alvo de reclamações e que, ao longo do tempo na empresa, recebeu aumentos salariais e foi promovido a um cargo de liderança, o que teria ocorrido até abril de 2025.
A denúncia foi apresentada com o apoio do Wisconsin Institute for Law & Liberty, organização jurídica com atuação em defesa de liberdades civis. Segundo o documento enviado à EEOC, a Generac teria violado o Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proíbe a discriminação no emprego com base em religião.
Em resposta ao The Christian Post, um porta-voz da Generac rejeitou as alegações. “A empresa cumpre todas as leis trabalhistas federais e estaduais. Além disso, nunca tivemos uma política sobre o uso de pronomes de gênero”, declarou. O porta-voz acrescentou ainda que “cumprimos voluntária e proativamente a ordem executiva do governo de que a empresa não possui requisitos relacionados à DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão)” e que a Generac “se defenderá contra essa alegação frívola”. Diante do litígio em andamento, a empresa informou que não comentará mais sobre o caso.
Segundo Wimmer, a situação teve início quando ele expressou, de maneira respeitosa, que não utilizaria os pronomes solicitados por um colega. Em seguida, recebeu uma advertência por escrito, na qual a empresa informava que o uso dos nomes e pronomes preferenciais era obrigatório, sob pena de demissão. Um membro do RH teria declarado que “as objeções religiosas [de Wimmer] não faziam sentido algum” e comparou o uso de pronomes preferenciais ao uso de apelidos informais, como “Lizzy” no lugar de “Elizabeth”.
Diante da recusa da empresa em conceder a acomodação, Wimmer pediu demissão em 31 de março. Poucos dias depois, após buscar orientação legal, enviou um e-mail à Generac solicitando a rescisão do pedido de desligamento e o retorno ao trabalho. Segundo ele, a empresa não respondeu de imediato. Horas depois, foi chamado a uma sala e informado de que seu retorno havia sido negado e que ele estava oficialmente demitido. Seus pertences, entre eles uma Bíblia e uma caneca com o símbolo cristão Chi Rho, foram enviados posteriormente, segundo Wimmer, em condições danificadas.
Em entrevista concedida à Fox News Digital na sexta-feira, Wimmer afirmou: “Pediram-me para escolher entre o meu sustento e o meu amor por Deus e pelas minhas crenças”. Ele classificou a experiência como “de partir o coração” e relatou ter sido “muito emocionante ter tudo meio que arrancado de mim”.
A queixa conclui que as ações da Generac — incluindo advertência formal, recusa de acomodação religiosa, assédio e demissão — constituem violação da legislação federal que protege a liberdade religiosa no ambiente de trabalho. Wimmer solicita que a EEOC conduza uma investigação formal sobre o caso.

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