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igreja perseguida

Cristão ex-muçulmanos são excluídos de ajuda emergencial na Indonésia

Enquanto os muçulmanos são tratados como prioridades, cristãos têm de passar por rígida e burocrática triagem.

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Pastor recebe alimentos para distribuir para cristãos ex-muçulmanos de sua comunidade (Portas Abertas)

“Eu trabalhava em uma pequena loja de comida. Quando a pandemia de coronavírus começou, o número de clientes da loja diminuiu gradualmente. Eventualmente, a loja teve que fechar”, lembra Sri, uma cristã ex-muçulmana, viúva e mãe de cinco filhos.

“Eu fui demitida. Agora não tenho como ganhar dinheiro, mas ainda tenho meus cinco filhos para alimentar”, lamenta.

Sri é um dos milhões de indonésios que foram economicamente impactados pela pandemia de covid-19. De acordo com o Ministério do Trabalho da Indonésia, cerca de 1,9 milhão de trabalhadores foram demitidos desde abril de 2020.

O governo implementou um programa de ajuda humanitária para ajudar os indonésios nesses tempos difíceis, mas ele não tem chegado igualitariamente a todos.

Cristãos discriminados

Nos estágios iniciais da pandemia, a Portas Abertas imediatamente contatou vários de seus parceiros, que mantêm trabalhos junto a cristãos na Indonésia. Infelizmente, eles e suas comunidades cristãs não receberam nenhuma ajuda do governo.

Como resultado, a Portas Abertas imediatamente interveio e forneceu a eles alimentos não perecíveis, como arroz, açúcar, óleo, sal, chá, farinha e macarrão instantâneo, com duração de 14 dias.

“Tem sido uma prática comum em que os cristãos geralmente são abandonados ou esquecidos durante a distribuição de ajuda humanitária em uma situação de crise”, diz Pak Mat*, parceiro da Portas Abertas.

Ele compartilha que em desastres anteriores, a maioria muçulmana foi priorizada, enquanto a minoria cristã foi forçada a seguir procedimentos rígidos e burocráticos para obter ajuda.

A ajuda não pode parar

Apesar disso, os cristãos indonésios veem isso como uma maneira de testar seus valores cristãos e tornar-se mais fiéis a Deus.

Prabu*, que lidera um grupo cristãos ex-muçulmanos, diz que “ainda estamos agradecidos, apesar do tratamento injusto do governo. Em vez disso, tentamos ser leves com nossos vizinhos. Quando se queixam de seus problemas, nós as ajudamos com o que tivermos”.

Com a quarentena e isolamento social, o programa de discipulado e ensino bíblico teve de ser suspenso no país. Esse é um dos principais projetos da Portas Abertas na região. Mas, mesmo assim, a organização continua ajudando e apoiando os cristãos dali.

Uma das medidas foi transformar o programa de discipulado em pequenos vídeos e áudios sobre os livros e o conteúdo bíblico aplicado, que os cristãos recebem e podem assistir online.

Para os mais idosos que não tem acesso à internet, os líderes dos grupos continuam visitando e aplicando os ensinamentos de forma presencial, segura e saudável.

Além disso, a Portas Abertas promove ajuda humanitária a 181 pessoas (aproximadamente 62 famílias) que trabalham principalmente como diaristas e ambulantes, como no caso da Sri.

Você pode ajudá-los através da Campanha emergencial covid-19, que tem levado apoio e segurança a esse e mais de 70 países em que atua.

*Nomes alterados por motivo de segurança

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