Desfiles de carnaval ‘invocam espíritos’, diz carnavalesco

 

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Uma publicação compartilhada por Renato Vargens (@renatovargens)

O pastor Renato Vargens comentou sobre as declarações do carnavalesco Milton Cunha a respeito da manifestação de espíritos durante os desfiles de carnaval, enfatizando que muitos cristãos não percebem que a festividade não é apenas antibíblica, mas também um culto a falsos deuses.

A fala de Vargens surgiu em resposta a um vídeo que circula nas redes sociais, onde Milton Cunha explica que, em 2025, o modelo de organização dos desfiles de carnaval será estruturado em três fases: concentração, desfile e dispersão. Segundo o carnavalesco, essa dinâmica tem implicações espirituais nas religiões de matriz africana associadas à festa:

“Porque isso é importante para o sambista? Para os mais velhos, o fundamento da escola de samba diz que, ao dobrar, a escola é bloqueada pelo primeiro portão. Ali, aquela concentração energética, de não ter começado o desfile, é o início da ‘gira’. Os mais velhos dizem para nós que ali começa o ponto, ali começa a cantar para os mortos. Aqueles autores, daqueles sambas da história, eles vão voltar e vão se manifestar ali naquele começo”, explicou Cunha.

Durante a explicação, o jornalista Pedro Bassan, da TV Globo, interagia com um interlocutor, mostrando o braço, aparentemente arrepiado. O carnavalesco continuou sua descrição do fenômeno espiritual: “Quando a porta-bandeira gira a sua bandeira ali, o vento vai buscar o ancestral falecido. Então, aquela parte de esquenta é uma invocação a quem fundou aqueles quilombos. Então, imagine o arrepio de estar ali, cobrindo […] isso, a descida do mistério”.

A fala repercutiu e Renato Vargens utilizou a legenda do vídeo para advertir sobre o significado espiritual do carnaval, contrapondo a visão de que se trata apenas de uma manifestação cultural: “Carnaval não é somente uma festa”, afirmou o pastor, reforçando que a festividade envolve práticas de adoração a divindades de outras crenças.

Em sua publicação, Vargens declarou que “carnaval é um culto onde falsos deuses são adorados. Carnaval é uma festa promíscua, absorta em iniquidade. Carnaval não é uma festa cristã, é uma festa cujo cristão, discípulo de Cristo jamais deveria participar”.

A crítica do pastor reflete uma posição recorrente entre líderes evangélicos, que veem o carnaval como um evento incompatível com os princípios bíblicos. A Escritura adverte sobre a participação em práticas espirituais de origens diversas, como em 1 Coríntios 10:20, onde o apóstolo Paulo escreve: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus; e não quero que sejais participantes com os demônios”.