igreja perseguida
Familia cristã tenta sobreviver ao extremismo em Burkina Faso
Eles enfrentam o terror do extremismo islâmico, firmados em Deus.
Em Burkina Faso, onde mais de dois milhões de pessoas estão deslocadas por causa do extremismo islâmico, Fati (pseudônimo) e sua família são um exemplo em meio aos perseguidos violentamente. “Eu vivo com um medo permanente. Sempre que ouço um tiro, fico assustada e penso que eles estão de volta para matar a todos nós”, disse Fati, uma jovem mãe e esposa em seus 20 anos.
“A primeira vez que atacaram nossa vila, atiraram para todos os lados. Os moradores tentaram fugir e se esconder, entretanto, os responsáveis pelo ataque ficaram o dia todo disparando suas armas, até que finalmente foram embora. Três dias depois, voltaram. Dessa vez, passaram por toda a vila, atirando em tudo e todos. Incendiaram o mercado, casas e tudo de valioso que encontraram. Despejaram combustível no gado e o queimaram vivo. Alguns moradores conseguiram fugir e se esconder, mas muitos foram queimados até a morte dentro de suas casas”, relatou Fati.
Segundo Portas Abertas, esse nível de violência levou mais de um milhão de pessoas a fugir. Apesar disso, muitos tentaram permanecer, esperando que tudo aquilo passasse. “Quando eles partiram, as pessoas disseram: ‘Vamos orar e esperar que não voltem’. Mas a paz não durou. Apenas duas semanas depois, atacaram a vila novamente, dessa vez com armas pesadas. As balas perfuraram telhados e janelas e atingiram muitas pessoas dentro de casa.”
Após o ataque, muitos fugiram para uma vila próxima chamada Burzanga. Outros deixavam comida e coisas valiosas lá para caso precisassem fugir. Então, os jihadistas surpreenderam a vila de Fati com o quarto ataque. “Os terroristas colocaram explosivos ao longo da estrada para impedir que os deslocados passassem em segurança.”
Depois de controlarem as estradas, os militantes foram até a vila de Fati em outras duas ocasiões, sem poupar nada nem ninguém. “Eles vieram com granadas, explodindo e destruindo tudo. O medo foi tanto que muitos fugiram logo após a partida dos terroristas, pois sabiam que morreriam se ficassem mais tempo. Alguns dias depois, os responsáveis pelo ataque retornaram com carros e motocicletas. Então cercaram a vila e atiraram para todos os lados. Enquanto as pessoas fugiam de casa, eles as atingiam recitando o Alcorão, o que continuaram fazendo até de noite. As pessoas estavam muito assustadas.”
Durante esse último ataque, Fati estava em Burzanga, tentando esconder alimentos para caso fugissem. O marido dela estava com os filhos em um encontro de oração na cidade onde moravam. Quando Fati soube do ataque, voltou correndo, esperando pelo pior. “Quando cheguei, não encontrei meus filhos e marido, até que finalmente os encontrei escondidos na mata. Juntos, fugimos, o que não foi fácil para as crianças. Os pés ficaram inchados, além da fome e da sede. Nós nos perdemos à noite na floresta e só chegamos em Burzanga no outro dia pela manhã. Ficamos na cidade por uma semana.”
Nem todos que tentaram fugir conseguiram, muitos foram mortos ao longo da estrada. Depois de uma semana em Burzanga, a família de Fati partiu com destino à capital, Uagadugu. Pela estrada, viram diversos corpos e sabiam que sobreviveram apenas pela graça de Deus. Todavia, estavam prestes a descobrir que seus problemas estavam longe de terminar.
“Quando chegamos em Uagadugu, foi difícil conseguir comida, porque as poucas coisas que conseguimos salvar foram roubadas a caminho da cidade. Estávamos de mãos vazias sem qualquer comida ou abrigo”, disse.
Mesmo assim, decidiram se apegar a Deus. E foi nesse momento que experimentaram a graça e a esperança Dele em suas vidas. “Encontramos um pastor que nos abrigou quando estávamos desesperados. Ele nos recebeu e confortou. Muitas outras pessoas da igreja também nos ajudaram e abençoaram”, continuou. Entretanto, o pastor e sua pequena igreja podiam fazer pouco pela família. Eles estavam traumatizados e enfrentavam dificuldades para encontrar abrigo e comida, além de conseguir criar os filhos.
“Minha família ainda está traumatizada e não temos nenhuma renda. Em nossa vila, meus filhos iam para a escola; aqui não temos dinheiro para pagar as mensalidades. Não temos o suficiente para nossas refeições, muito menos para enviar nossos filhos para a escola. Esse é um fardo nosso. Quando estamos saudáveis, trabalhamos e pagamos pela escola, mas, infelizmente, não estamos em condições de trabalhar agora”, relatou.
Embora Fati e a família enfrentem dificuldades, sabem que Deus esteve com eles em cada passo do caminho. “Nós acreditamos nas palavras escritas na Bíblia e isso nos dá vida. Isso fortalece nossa fé e traz alegria à nossa vida. Eu gostaria de agradecer a todos que nos apoiaram em oração. Vocês ajudaram a carregar nosso fardo. E Deus tem respondido suas orações. Ele nos salvou das dificuldades, problemas e tentações. Quando acho que Deus nos abandonou, lembro de suas palavras na Bíblia. Ele nos falou que estaria conosco em qualquer circunstância. Sabemos que Deus transformará nossa dor em alegria novamente”, concluiu.
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