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Índia: cristãos atacados só podem voltar para casa se acatarem condição

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Índia: cristãos atacados só podem voltar para casa se acatarem condição

Aproximadamente 45 cristãos, pertencentes a 10 famílias, foram expulsos de suas casas no vilarejo de Durandarbha, localizado no distrito de Sukma, estado de Chhattisgarh, Índia, após ataques realizados por vizinhos identificados como adeptos de religiões tribais. O episódio ocorreu em abril de 2024, segundo relatos de líderes cristãos locais ao Morning Star News.

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Após o ataque, os cristãos fugiram para colinas e áreas de floresta próximas, onde passaram a noite ao relento. No dia seguinte, caminharam até a aldeia de Chintalnar, a cerca de 17 quilômetros, onde encontraram abrigo provisório em uma igreja local.

De acordo com testemunhas, os agressores usaram bastões e varas de bambu para atacar as famílias, motivados pela rejeição à fé cristã dos moradores expulsos. “Eles disseram que só poderíamos retornar à aldeia se renunciássemos a Jesus Cristo”, relatou Hirma Markam, que tem apoiado os cristãos refugiados.

Para confirmar a possibilidade de retorno, duas mulheres cristãs voltaram a Durandarbha, mas retornaram aterrorizadas, dizendo que foram ameaçadas de morte: “Renunciem a Jesus Cristo e só então poderão entrar na aldeia”, disseram os moradores, segundo testemunho transmitido por Markam.

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No dia seguinte, a casa de Mediyam Lakhma, um dos expulsos, foi consumida pelo fogo. Os responsáveis não foram identificados, mas, segundo Markam, “parece evidente que foram moradores da própria aldeia”.

Ameaças contínuas

Segundo Santosh Markam, outro ajudante local, as famílias fugiram em condições precárias, levando crianças, mulheres e idosos, e desde então não conseguiram retornar. Os que tentaram voltar foram novamente ameaçados e informados de que só seriam aceitos se se convertessem às práticas religiosas locais.

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As famílias têm enfrentado escassez de alimentos e vivem em abrigos improvisados, sem estrutura adequada para enfrentar o clima. A igreja onde estão refugiadas apresenta goteiras e não oferece condições seguras nos dias de chuva.

Organizações cristãs e defensores de direitos humanos têm denunciado um aumento nos casos de perseguição religiosa em Chhattisgarh, onde minorias cristãs são frequentemente alvo de hostilidade em áreas de maioria tribal.

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Emboscada

No dia 24 de abril, os moradores de Durandarbha convocaram 11 famílias cristãs para uma reunião. Ao chegarem, os cristãos foram cercados por aproximadamente 60 moradores armados com pedaços de madeira. Segundo Kunjam Bechem, um dos cristãos afetados, os moradores exigiram que renunciassem à fé em Cristo.

“Estávamos morrendo em nossa doença, e vocês não se importavam com a nossa vida. Agora que Jesus nos curou e vivemos com saúde, nossa paz os incomoda, e vocês vêm questionar nossa fé”, relatou uma das mulheres presentes, conforme testemunho de Bechem.

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A tensão verbal evoluiu para agressão física. “Eles não demonstraram misericórdia com idosos, mulheres e crianças”, afirmou Hirma Markam. As casas foram invadidas e objetos pessoais — incluindo Bíblias, versículos bíblicos expostos, documentos bancários e cartões de identidade — foram recolhidos e incendiados.

Padaam Hidma, que sustenta cinco dependentes, disse que todos os documentos e itens religiosos de sua casa foram queimados pelos agressores.

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Fuga

Após a violência, os cristãos se dispersaram pelas matas. Alguns se encontraram em Chimli, a cerca de cinco quilômetros de Durandarbha, e de lá seguiram até Chintalnar, onde se refugiaram na igreja.

No dia seguinte, 25 de abril, os cristãos registraram queixa na delegacia de polícia de Jagargunda, a 13 quilômetros da igreja. Foram então encaminhados a um hospital público para exames médicos. Segundo Bechem, três menores, nove mulheres e seis homens sofreram agressões severas.

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Entretanto, os cristãos relataram que não receberam cópias da queixa formal, nem foram informados sobre o andamento das investigações. “A polícia nos aconselhou a não voltar à aldeia por enquanto e esperar que a situação se acalme”, afirmou Bechem.

De acordo com Santosh Markam, os responsáveis pelos ataques foram convocados à delegacia e advertidos verbalmente. As autoridades alertaram que novos episódios de violência poderiam resultar em punições legais, mas até o momento, nenhuma prisão foi realizada.

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Situação precária

As famílias permanecem refugiadas na igreja de Chintalnar, onde enfrentam dificuldades. Em contato feito pelo Morning Star News em 8 de maio, Hirma Markam relatou que a estrutura do abrigo improvisado não resiste à chuva.

“Já choveu duas vezes, e o telhado de feno e madeira tem vazado. Está muito difícil manter os cristãos secos e seguros durante a noite”, afirmou.

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Os relatos somam-se a diversos casos de perseguição a cristãos documentados em regiões tribais da Índia, onde, segundo líderes evangélicos locais, a resistência à fé cristã tem se intensificado. O episódio remete às palavras de Jesus: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus” (Mateus 5:10).

A situação segue em acompanhamento por líderes cristãos locais e organizações de defesa dos direitos humanos.

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