Ministério infantil da Carolina do Sul vive avivamento com derramamento do Espírito Santo

Todos os domingos, a mãe de Annie* a leva ao culto infantil da Christian Life Church. A tímida aluna da primeira série, sempre com miçangas coloridas nos cabelos trançados, traz uma nova pergunta sobre Jesus. Então chegou o domingo em que a pastora infantil Bella Edwards compartilhou uma mensagem sobre o Espírito Santo: “Este presente é para vocês”, ela disse às 90 crianças com idades entre seis e 11 anos. “Ouça Sua voz para aceitar este presente.”

O grupo esperou. Durante um minuto inteiro, ninguém se mexeu. Então, de repente, Annie, sentada na última fila, levantou-se e avançou. A resposta ousada de Annie abriu as comportas. Com a menininha na frente, outras crianças a seguiram. O que se seguiu foi um derramamento do Espírito Santo entre os alunos do primeiro ao quinto ano da Christian Life Church em Columbia, Carolina do Sul. Naquela manhã de fevereiro, todos os 17 que foram ao altar foram batizados no Espírito Santo.

Edwards, 26 anos, observa que nada disso teria acontecido sem uma preparação cuidadosa para apresentar o Espírito Santo ao seu rebanho. O ponto crucial nisso foram os guias da Sessão da Assembleia de Deus Kidmin sobre a elevação da adoração no ministério infantil. Esses guias estão disponíveis gratuitamente.

Seundo AG News, a própria jornada de Edwards em busca de Jesus, durante a qual Ele a chamou para o ministério infantil, se desenrolou durante sua adolescência. Ela assistia futebol americano universitário no final dos anos 2000 com seu pai, um ex-jogador de futebol americano do Florida Gators. Como mais de 100 milhões de outras pessoas em todo o país, ela fez pesquisas na Internet em busca de referências bíblicas que o destacado quarterback do Gator, Tim Tebow, escreveu com seu olho roxo.

No ensino médio, alguém patrocinou sua viagem para um acampamento da Fellowship of Christian Athletes na Southeastern University em Lakeland, Flórida, onde ela conheceu Jesus. Ela voltou para o Sudeste para estudar liderança ministerial. Lá, Chris Corbett, chefe do departamento da Escola de Ministério e Teologia, tornou-se seu mentor e professor.

O impacto de Corbett na caminhada de Edwards com Cristo estendeu-se a ouvir a voz de Deus, incluindo a prática do silêncio. Anos após a formatura de Edwards, Corbett a considera uma das melhores alunas apaixonadas pelas crianças, pelas famílias e por Jesus. “Lembro-me da profunda paixão de Bella desde o primeiro momento em que nos conhecemos. Essa paixão simplesmente cresceu”, diz Corbett, observando o envolvimento de Edwards no ministério infantil de uma igreja local enquanto estudava na Southeastern. “Ela sempre deu 100 por cento. Serei eternamente grato por ela fazer parte da minha vida.”

Quando a Christian Life nomeou Edwards como pastora infantil em 2020, ela levou os ensinamentos de Corbett sobre formação espiritual para seu ministério. “(Há) crianças na minha igreja que passaram por situações como a minha. O Senhor me libertou”, diz ela. “O Senhor me resgatou da destruição do meu lar por causa disso. (Ministério infantil) não é um trampolim para mim. Isto é minha vida.”

Então, quando a Assembleia de Deus Kidmin lançou seus guias de sessões gratuitas sobre como elevar a adoração no ministério infantil, ela abraçou-o. Seus tópicos se concentram no ministério prático, como louvar a Deus, levantar as mãos em adoração, orar pelos amigos, sentar-se em silêncio e esperar em Deus. Embora Edwards estivesse entusiasmada com o lançamento do currículo, em vez de mergulhar imediatamente, ela lançou as bases convocando sua equipe ministerial para orar pela próxima temporada. O objetivo é conectar as crianças com o Espírito Santo além dos tempos superficiais do altar, “em vez de ficarmos sempre falando sobre isso”, diz ela. “O presente é para eles também.”

Quando o ensino começou no outono, Edwards e sua equipe se debruçaram sobre cada ponto. “Queríamos que Deus se sentasse dentro deles. A repetição para as crianças é tudo. Queríamos que eles entendessem completamente cada novo ponto sobre o qual falamos antes de prosseguir. Se levamos três meses para superar um ponto, demoramos três meses”, diz ela. “Deixamos o Espírito nos guiar.”

Em dezembro, Edwards apresentou o Espírito Santo, “o melhor amigo que vocês já tiveram”, disse ela às crianças. “É uma linguagem secreta… orações que sempre serão a vontade de Deus na sua vida. Então, eu disse que Deus quer que você tenha isso.” Ela mostrou-lhes como soa a linguagem do Espírito Santo, orando em línguas no microfone, enquanto enfatizava que a linguagem de cada pessoa soa diferente. “Você podia ver as crianças recostando-se e apertando as cadeiras”, diz ela. “Alguns não tinham ouvido falar disso. Alguns tinham e achavam que era algo bobo. Mas a sala parecia diferente.”

E o Espírito Santo irrompeu, com a resposta ousada de Annie liderando o caminho. No altar, “Todos estavam comoventes, clamando ao Espírito, pura emoção e alegria e lindos gritos, exaltando quem Jesus é”, diz Edwards. As crianças mais velhas oraram pelos alunos da primeira e da segunda série. “Isso foi tão bonito.” Desde aquele primeiro derramamento em fevereiro, outras oito crianças receberam o batismo do Espírito Santo na Christian Life Church. “Agora estamos vendo eles escolherem entrar na presença de Deus com seu próprio relacionamento com Ele, em vez de nós estabelecermos isso para eles como fizemos”, observa Edwards.

Isso marcou uma reviravolta completa. “Nem um único domingo não vimos nossos filhos na presença do Senhor”, diz ela. Os relatos que a equipe do ministério ouviu das crianças incluem a visão de um anjo pairando sobre o serviço e apelos para missões e ministério vocacional. A resposta favorita de Edwards foi uma menina chorando, incapaz de explicar em palavras como sentia a presença de Deus. “As crianças estão nos mostrando que Ele está lá com elas. É incrível!” ela diz.

Edwards ressalta que liderar as crianças no batismo do Espírito Santo parece diferente de igreja para igreja. “Entre no quarto de oração com Deus. Ele conhece as crianças do seu ministério. Ele sabia que nossos filhos precisavam de tempo”, diz ela.

*Nome alterado para proteger a privacidade do menor