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Muçulmanos voltam a interromper culto em igreja da Indonésia

Igrejas cristãs sofrem oposição de extremistas islâmicos na Indonésia.

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Medan, província de Sumatra do Norte, Indonésia. (Foto: Flickr/Creative Commons)

Um recente vídeo mostrou um grupo de muçulmanos na província de Sumatra do Norte, na Indonésia, no dia 2 de julho, questionando por que uma igreja deveria estar presente em uma área de maioria muçulmana, enquanto interrompiam seu culto.

De acordo com Morning Star News, essa interrupção foi a segunda em dois meses sofrida pela congregação da Igreja Mawar Sharon (Gereja Mawar Sharon, GMS) enquanto se reunia em um café na vila de Setia, subdistrito de Binjai Kota, Binjai, perto da capital provincial, Medan.

Assim, após manifestações contra a igreja, uma mulher muçulmana liderou a interrupção do culto, conforme mostra um vídeo publicado em 6 de julho. Ao lado de um policial, ela é vista recusando-se a permitir que os cristãos adorem. Ela questionou por que, em uma área de maioria muçulmana, deve haver cultos cristãos, e que os muçulmanos têm a responsabilidade de continuar interrompendo.

“Vocês, minorias, não devem sempre pedir para serem respeitados. Devemos nos respeitar, como o governo regulamentou. Qual é o sentido de estabelecer as regras, se as regras têm que ser violadas novamente? Nós mediamos de um lado para o outro, mas nunca foram atendidos, fornecidos, facilitados, mas não implementados”, diz ela.

Desse modo, nos comentários da postagem, o ativista dos direitos religiosos Permadi Arya, conhecido como Abu Janda, se opôs à interrupção, afirmando que o Decreto Conjunto Ministerial da Indonésia de 2006 exige uma licença apenas para locais de culto usados de forma permanente, “excluindo lugares de culto familiar”, e que o requisito não se aplica a um estabelecimento ou casa.

Além disso, Arya disse que essas casas, cafés e lojas podem ser equiparadas às salas de oração tradicionais muçulmanas (musholla), e como os muçulmanos não precisam de permissão para essas, os cristãos deveriam receber tratamento igual. O culto da igreja já havia sido interrompido em 19 de maio, quando pelo menos 40 muçulmanos interromperam o serviço do meio-dia no café.

Por fim, a Indonésia ocupa o 33º lugar na lista de 2023 da Portas Abertas dos 50 países onde é mais difícil ser cristão. A sociedade indonésia adotou um caráter islâmico mais conservador, e igrejas envolvidas em evangelização correm o risco de serem alvo de grupos extremistas islâmicos, de acordo com o relatório da Portas Abertas.

“Se uma igreja é vista como pregando e espalhando o evangelho, logo enfrentará oposição de grupos extremistas islâmicos, especialmente em áreas rurais. Em algumas regiões da Indonésia, igrejas não tradicionais têm dificuldade para obter permissão para construir seus templos, com as autoridades frequentemente ignorando sua documentação”, observa o relatório.

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