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“Não existe só uma maneira de ler a Bíblia”, diz Ed René Kivitz

Líder já defendeu atualização da Bíblia para acolher homossexualismo.

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Ed Rene Kivitz (Foto: Reprodução/YouTube)
Em entrevista ao programa Provoca, da TV Cultura, Ed René Kivitz declarou não se importar com sua expulsão da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), reiterando afirmações que provocaram sua exclusão. “Não existe só uma maneira de ler um texto sagrado”, afirmou o líder da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), acrescentando que sua visão do Evangelho entra em conflito com a “religião organizada, dogmática, moralista e excludente”.

Marcelo Tas, apresentador do programa, perguntou sobre o afastamento da OPBB, e Kivitz respondeu, com um tom diferente do adotado em 2021, quando criticou a autoridade da organização. “O grupo que hoje governa a denominação Batista no Brasil e a OPBB tem uma lógica religiosa legítima que eu julgo conservadora, fundamentalista. Eu não me enxergo nessa lógica. Então eles fizeram o que era certo aos olhos deles e eu respeitei”, declarou.

Kivitz enfatizou sua perspectiva sobre a interpretação bíblica. “O grande problema é que não existe só um jeito de ser batista. Não existe só uma lógica interpretativa da Bíblia Sagrada”, disse. Ele descreveu o Evangelho como estando “em constante choque com a religião anacrônica”, algo que, segundo ele, é o alvo de suas críticas e o motivo de sua exclusão.

Ao ser questionado sobre a divisão de opiniões no meio evangélico, Kivitz comparou a situação ao cenário polarizado do Brasil, dizendo: “Assim como o Brasil hoje está cindido, não tem mais uma zona cinzenta. Ou você é amigo ou é inimigo; ou é de Deus ou é do diabo; é da luz ou é das trevas; também o mundo religioso evangélico está dividido assim”.

Sobre a homossexualidade, tema que gerou polêmica em sua expulsão, Kivitz afirmou que não considera a prática homossexual reprovada por Deus. Questionado sobre a base bíblica para doutrinas sobre a sexualidade, ele citou dois textos do Novo Testamento: “O que torna pecaminoso além do Velho Testamento é a interpretação das falas exatamente do apóstolo Paulo. Romanos, capítulo 1, e primeira carta aos Coríntios, capítulo 6, quando ele diz que os homossexuais não herdarão o Reino de Deus”, afirmou, sem citar 1 Tessalonicenses 4 e Judas 1:7.

Kivitz ressaltou sua compreensão sobre a salvação em Cristo: “O homossexual pode ir para o céu? Dentro da melhor compreensão da lógica cristã e da teologia cristã, o que salva não é a sua identidade de gênero, sua orientação de gênero, não é nem mesmo seu sexo. Quem salva é Jesus Cristo”, explicou. Ele acrescentou que o critério para a salvação é exclusivamente Cristo e que ninguém pode reivindicar mérito próprio.

Quando questionado sobre o inferno, Kivitz respondeu: “Não, não se preocupe. Como eu já fui expulso mesmo – se eu não tivesse sido expulso eu tinha que dizer que sim.” Ele compartilhou uma história sobre seu tio, que o fez questionar as abordagens de conversão. Segundo Kivitz, seu tio acreditava que “Deus dá ao homem que o procura um jeito de encontrá-lo”.

Kivitz finalizou sua participação no programa contestando a exclusividade de Cristo como o único caminho para Deus: “A gente acha que as pessoas só se encontraram com Deus quando chamam Deus do mesmo nome que a gente chama. E às vezes não é assim […] Deus não é muçulmano, Deus não é cristão, não é judeu. Deus é Deus. Não posso admitir que na metade do mundo que não é cristã ou nunca ouviu falar de Jesus não exista uma experiência de Deus.”

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