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ONGs ligadas a petistas foram beneficiadas em programa de R$ 59 milhões

O Ministério da Cultura afirmou em nota que a seleção das ONGs foi feita com base na capacidade técnica.

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Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Cultura, Margareth Menezes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo federal lançou um programa de R$ 58,8 milhões destinado a promover a cultura nos estados, beneficiando organizações não governamentais (ONGs) associadas a assessores do Ministério da Cultura e aliados do PT. O projeto, anunciado pela ministra Margareth Menezes, busca financiar “Comitês de Cultura” ao longo dos próximos dois anos.

Entre as entidades contempladas, uma delas é liderada por um empresário de Mato Grosso que está sob investigação por envolvimento em crimes como peculato e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Pão e Circo, que apura desvios na área da cultura no estado.

O Ministério da Cultura afirmou em nota que a seleção das ONGs foi feita com base na capacidade técnica e qualificação dos candidatos, negando a existência de conflitos de interesse e destacando que não cabe ao ministério avaliar filiações partidárias dos coordenadores.

Os primeiros repasses do programa começaram entre dezembro de 2023 e julho de 2024, coincidentemente no período de início da campanha eleitoral, com novas parcelas previstas para novembro. Alguns beneficiários, como João Paulo Mehl, que concorreu a vereador no Paraná, utilizaram o lançamento dos comitês como plataforma para promover suas campanhas.

O programa visa estabelecer representações culturais em todos os estados brasileiros e apoiar a elaboração de projetos culturais por meio de ONGs. No Distrito Federal, por exemplo, a Associação Artística Mapati foi selecionada, e no Paraná, a ONG Soylocoporti coordena o comitê estadual.

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