Ônibus para abortos em Chicago recebe críticas de líderes cristãos

Líderes cristãos expressaram forte indignação em resposta à inauguração de uma clínica móvel pela Planned Parenthood em Chicago, que ofereceu abortos medicinais e vasectomias gratuitas durante a Convenção Nacional Democrata (DNC) 2024. A clínica foi estrategicamente posicionada a apenas um quarteirão do local da convenção, funcionando nos dias 19 e 20 de agosto, e rapidamente teve todas as vagas preenchidas devido à alta demanda.

A iniciativa gerou revolta entre líderes cristãos e defensores pró-vida, que condenaram a ação como “demoníaca”, “sinistra” e “de partir o coração”. Andrew T. Walker, professor de ética no Southern Baptist Theological Seminary, criticou duramente a iniciativa em suas redes sociais, comparando a conveniência dos serviços de aborto à de um “caminhão de tacos” durante a convenção. Walker também acusou o Partido Democrata de desafiar a “ordem e a razão da criação” e de rejeitar valores cristãos fundamentais.

O grupo de oração Intercessors for America classificou a clínica móvel como uma “atrocidade sem precedentes” e convocou os cristãos a orarem contra o que veem como uma decadência moral dentro do Partido Democrata.

De acordo com The Christian Post, a controvérsia ocorreu em meio a um contexto de intensificação das discussões sobre o aborto nos Estados Unidos, com o DNC anunciando recentemente um investimento de mais de US$ 8 milhões para promover os direitos ao aborto no próximo ciclo eleitoral. Esse investimento visa fortalecer a infraestrutura em todo o país e apoiar candidatos que defendem a legalização do aborto.

Dentro do próprio Partido Democrata, a ação da Planned Parenthood também foi criticada. Os Democratas pela Vida da América (DFLA) manifestaram “oposição total” às ações da organização durante a convenção e solicitaram que o partido deixasse de apoiar o aborto. O grupo enfatizou a necessidade de financiamento para alternativas ao aborto, defendendo que os recursos sejam direcionados para apoiar essas alternativas, em vez de financiar a prática do aborto.