estudos bíblicos
Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja
Exposição sobre o capitulo 11 de Hebreus
A fé que gera confiança em Deus
Neste tópico, a Lição dá destaque para aos três os seguintes personagens:
1. Abel (seu nome significa respiração ou vapor) – filho de Adão, é apresentado na Bíblia como o primeiro homem a oferecer a Deus sacrifício animal, já que seu trabalho era pastorear rebanhos. Seu irmão mais velho, Caim, também oferecia a Deus sacrifícios, mas sacrifícios de vegetais, já que era agricultor (Gn 4.1-4). Não por isso, Deus preferiu a oferta de Abel, porque viu pureza e justiça em seu coração, enquanto que no coração de seu irmão havia malignidade (1Jo 3.12).
Aliás, aqui jaz uma lição prática: nem todos que oferecem sacrifícios a Deus o fazem de modo agradável.
É preciso fazer o bem, ou seja, fazer o que é correto (Gn 4.7), para poder oferecer a Deus uma adoração de modo aceitável (Hb 12.28; Jo 4.23-24; Rm 12.1-2). Há muitos adoradores, mas somente santos adoradores como Abel, que se aproximam de Deus pela fé, é que oferecem o sacrifício de que o Senhor se agrada. Há quem ofereça sacrifícios para exibir-se, outros por disputa, outros por barganha, Abel, porém os oferecia por fé, e nesta fé “ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim” (Hb 11.4, NVI).
Foi vítima do ódio de seu irmão, que tirou-lhe a vida. Mas temos certeza de que Abel, que viveu sua justiça em fé, participará daquela gloriosa ressurreição dos justos para a vida eterna (Jo 5.28,29).
2. Enoque (seu nome significa dedicado) – embora Caim tenha tido um filho de nome Enoque (Gn 4.17), não é deste que o autor de Hebreus está a falar (Hb 11.5), mas de outro Enoque, o filho de Jarede e pai de Matusalém (Gn 5.18-24), que “andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado” (NVI).
Não temos muita informação sobre o contexto social e religioso nos dias de Enoque, mas por inspiração divina o autor de Hebreus nos informa que ele “foi trasladado para não ver a morte… alcançou testemunho de que agradara a Deus”. Enoque é, portanto, um símbolo humano daqueles que haverão de provar a maravilhosa transformação do corpo, sem passar pela morte, por ocasião da vinda de Cristo.
O apóstolo Paulo disse: “nem todos dormiremos [morreremos], mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.51,52). A igreja de Cristo que aguarda o maravilhoso arrebatamento, precisa mais do que nunca desta fé que havia em Enoque, e como ele precisamos “andar com Deus”. Os que aqui andam com Deus por fé, têm de Jesus a promessa de andarem com ele nas mansões celestiais, vestidos de branco, o branco da santidade imaculável e da pureza que jamais se manchará (Ap 3.4,5).
3. Noé (seu nome significa repouso) – filho de Lameque, nasceu sob a expectativa do consolo de Deus para a terra que outrora fora amaldiçoada por causa do pecado (Gn 5.27). Aliás uma nota aqui: sempre falamos que somos todos filhos de Adão, mas também é verdade que todos os que nasceram após o Dilúvio são também filhos de Noé, já que somente Noé e sua família é que sobreviveu ao dilúvio e reconstruiu a humanidade. Somos todos filhos de Noé!
O contexto em que viveu aquele antigo patriarca da humanidade fora de depravação moral generalizada (Gn 6), a tal ponto que Deus não pode mais tolerar a maldade que se havia multiplicado e o coração irretratável dos homens e mulheres.
A graça de Deus fora retirada daquela geração, porém, Noé achou graça diante do Senhor (Gn 6,8), pois era “homem justo e íntegro”, e como Enoque outrora, “Noé andava com Deus” (Gn 6.9). De fato, Noé demonstrou uma fé gigante em Deus: nunca se tinha ouvido falar de um dilúvio antes, e ainda assim obedeceu a Deus na ordem para se construir a grande embarcação na qual salvaria a sua família, quando Deus lhe prometeu que destruiria o mundo com águas.
Noé nos ensina que devemos crer nos “absurdos de Deus”, mesmo que não compreendamos todos os porquês. Noé nos ensina que devemos viver por fé, não por vista. Noé nos ensina que devemos fazer tudo exatamente como Deus nos ordena (Gn 6.22; 7.5), se quisermos escapar do juízo de Deus que está reservado para este mundo. Para muitos, a história de Noé é apenas um mito, mas Jesus a toma como fato histórico, e ainda nos adverte: como foi nos dias de Noé, será na vinda do Filho do homem (Mt 24.36-39). Enquanto o mundo vai de mal a pior, entregando-se aos deleites da carne e seguindo as seduções do diabo, nós os salvos em Cristo estejamos vigilantes! “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1Jo 3.3)