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Páscoa é associada a deusa pagã e cristãos reagem a ONG

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Páscoa é associada a deusa pagã e cristãos reagem a ONG

A English Heritage, organização britânica responsável pela preservação de mais de 400 locais históricos no Reino Unido, foi alvo de críticas após a distribuição de um livreto infantil que descreve a Páscoa como uma festividade pagã, sem mencionar seu significado cristão.

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A publicação foi entregue a famílias que visitavam locais como a Abadia de Whitby, o Castelo de Dover e a Down House, antiga residência de Charles Darwin.

De acordo com informações publicadas pelo jornal The Telegraph, o livreto afirmava: “Você sabia que a Páscoa começou como uma celebração da primavera? Há muito tempo, as pessoas celebravam os dias mais quentes e a nova vida homenageando a deusa Eostre, que deu o nome à Páscoa!”

O conteúdo fazia referência a práticas pagãs antigas, como danças ao redor de fogueiras e a ornamentação de casas com flores, mas não trazia qualquer explicação sobre o significado cristão da data, que remete à morte e ressurreição de Jesus Cristo, conforme relatado nos Evangelhos (Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20).

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Reações e críticas

A omissão do conteúdo cristão gerou reações entre visitantes de diferentes convicções religiosas. Phil, identificado como presidente do conselho de uma escola primária católica em Kent, afirmou ao The Telegraph:

“Foi deixado para mim explicar a meu filho de 7 anos quem era a deusa Eostre e por que isso estava sendo ensinado no lugar da verdadeira história da Páscoa”.

Julie McNamee, visitante que se declara não cristã, também manifestou preocupação: “Mesmo que eu não seja cristã, qualquer recurso educativo voltado a crianças deveria ao menos mencionar a história cristã da Páscoa”.

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O historiador Giles Udy apontou que a omissão reflete uma tendência mais ampla de marginalização do cristianismo em espaços públicos no Reino Unido. Em declaração, ele disse:

“Estamos vendo um esforço deliberado para apagar referências cristãs, algo que também ocorreu sob o domínio soviético, onde o Estado promovia o ateísmo militante”.

Posição da English Heritage

A English Heritage respondeu por meio de nota que o livreto em questão fazia parte de uma atividade educativa voltada a crianças, com o intuito de explorar tradições sazonais relacionadas à primavera em locais históricos. A instituição afirmou ainda que seus materiais incluem referências a diversas tradições culturais e históricas ligadas à Páscoa, tanto em formato impresso quanto online.

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O site oficial da organização contém artigos que reconhecem explicitamente o significado cristão da Páscoa. Um dos textos afirma que ela é “a data mais importante no calendário religioso desde os primórdios do cristianismo”.

A English Heritage também menciona eventos históricos de relevância cristã, como o Sínodo de Whitby, realizado no ano 664 d.C., que definiu o cálculo da data da Páscoa na Igreja da Inglaterra.

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Além disso, em sua página no Facebook, a instituição apresenta conteúdos voltados às tradições cristãs, como a origem da caça aos ovos de Páscoa, prática atribuída ao reformador protestante Martinho Lutero. Segundo registros históricos, Lutero teria promovido atividades para lembrar a descoberta do túmulo vazio por mulheres na manhã da ressurreição de Jesus, conforme o evangelho de Marcos (16:1–6).

Contraste

Apesar da presença de conteúdos cristãos nas plataformas digitais da instituição, a ausência dessas referências no livreto entregue presencialmente gerou descontentamento entre os visitantes. O contraste entre os recursos online e o material físico foi apontado como um dos fatores centrais na repercussão negativa.

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Neste ano, a Páscoa foi celebrada no domingo, 20 de abril, sendo reconhecida como uma das datas mais importantes do calendário cristão, lembrada por milhões de fiéis em todo o mundo. O portal The Christian Post descreve a festividade como um marco da fé cristã, centrada na ressurreição de Jesus Cristo, “evento que sela a vitória sobre o pecado e a morte, conforme as Escrituras” (1 Coríntios 15:3–4).

A controvérsia envolvendo a English Heritage reacende o debate sobre a representação do cristianismo em espaços públicos e educativos no Reino Unido, especialmente em um período litúrgico central para a fé cristã.

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