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Após acusações, pastor se afastou e pediu aposentadoria milionária

O fundador da Gateway Church, Robert Morris, está no centro de uma disputa judicial após, segundo documentos apresentados nesta terça-feira (14) pela própria igreja no Tribunal Distrital do Condado de Tarrant, Texas, ter exigido um adiantamento de US$ 1 milhão e pagamentos anuais de centenas de milhares de dólares como parte de uma suposta indenização de aposentadoria.
Morris, que renunciou em junho de 2024 ao cargo de pastor sênior da megaigreja localizada em Southlake, Texas, após ser acusado de abuso sexual infantil, teria feito as exigências logo após sua saída. A igreja afirmou que recusou os pedidos e que, em resposta, Morris entrou com uma ação judicial em arbitragem.
“Logo após as revelações preocupantes sobre sua conduta passada virem à tona no ano passado, Robert Morris entrou em contato com a Gateway Church com uma série de exigências financeiras substanciais”, declarou a igreja nos autos. “A Gateway Church optou por não atender a essas exigências. Em resposta, Robert Morris entrou com uma ação judicial em arbitragem buscando indenização financeira. Suas alegações são falsas e não refletem a responsabilização pelo impacto de suas ações na comunidade.”
Segundo os advogados de Morris, a igreja lhe prometeu verbalmente uma aposentadoria vitalícia, com pagamentos de US$ 800 mil por ano até ele completar 70 anos, e, posteriormente, US$ 600 mil anuais até sua morte. Em caso de falecimento antes da esposa, Debbie Morris, os pagamentos continuariam a ela até seu óbito.
O processo acrescenta que Morris reivindica ainda o pagamento de mais de US$ 1 milhão em benefícios acumulados e que esses valores deveriam ter sido quitados em até 60 dias após sua saída, contanto que não houvesse justa causa ou fraude.
Morris alegou que foi pressionado a renunciar e que os anciãos da igreja o advertiram de que seria demitido se não deixasse voluntariamente o cargo. Em fevereiro de 2025, ele foi indiciado por um júri multicondado em Oklahoma por cinco acusações de atos obscenos ou indecentes com menor, com base no testemunho de Cindy Clemishire. Ela relatou que os abusos começaram em 25 de dezembro de 1982, quando tinha 12 anos, e duraram cerca de quatro anos e meio.
Além da disputa por aposentadoria, Morris também está envolvido em outro processo que envolve quatro membros da própria Gateway Church. A ação, movida em outubro de 2024 por Katherine Leach, Garry K. Leach, Mark Browder e Terri Browder, acusa os líderes da igreja de má administração dos dízimos e de não cumprir a promessa de reembolso financeiro em caso de insatisfação.
O processo nomeia como réus, além de Morris e da própria igreja, Tom Lane (ex-pastor executivo), Steve Dulin (presbítero fundador) e Kevin Grove (ex-pastor executivo global e membro do conselho da King’s University). Os autores alegam que a liderança da Gateway se recusou a ser transparente sobre o uso dos recursos da igreja, que movimenta mais de US$ 100 milhões anualmente.
A defesa da Gateway Church solicitou o arquivamento da ação alegando que, devido à doutrina da abstenção eclesiástica, o tribunal não teria jurisdição para julgar questões internas da igreja. A instituição também argumentou que os autores não apresentaram provas suficientes.
Em 28 de março de 2025, o juiz federal Amos L. Mazzant, da Divisão Sherman do Distrito Leste do Texas, deferiu um pedido da igreja para suspender temporariamente a produção de provas enquanto avalia o arquivamento do caso. No dia 10 de maio, Mazzant concedeu ainda uma ordem de proteção mútua, a pedido das partes, para restringir a divulgação de informações classificadas como confidenciais ou altamente confidenciais, incluindo dados financeiros e propriedade intelectual.
Segundo o texto da ordem judicial, a medida se aplica a todos os documentos e depoimentos produzidos durante a fase de descoberta e também ao material que venha a ser apresentado durante o julgamento, caso a ação prossiga, segundo informações do portal The Christian Post.

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