Siga-nos!

igreja

Escritor volta a polemizar ao atribuir manifestações pentecostais a ação demoníaca

em

Escritor volta a polemizar ao atribuir manifestações pentecostais a ação demoníaca

O escritor e influenciador Hugo Badini reacendeu debates nas redes sociais ao afirmar que as manifestações espirituais em igrejas pentecostais seriam, em sua visão, resultado da ação de demônios. A declaração gerou forte reação entre líderes evangélicos.

ANÚNCIO

Em postagens recentes, Badini escreveu: “O Espírito Santo dos pentecostais é um demônio”, referindo-se às experiências espirituais frequentemente relatadas por fiéis desse segmento cristão. A afirmação segue uma série de publicações polêmicas do autor, que, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, já havia questionado a validade do batismo realizado na Assembleia de Deus.

A declaração recebeu críticas de diversos pastores e teólogos, entre eles Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança. Vargens, conhecido por sua abordagem reformada e por livros como Reforma Agora e Cristianismo ao Gosto do Freguês, repudiou a acusação:

“Tenho escrito sobre as distorções da igreja brasileira desde 2004, por meio do meu blog, de diversos textos e de livros. No entanto, ainda que reconheça que parte da igreja evangélica pregue uma mensagem que pode ser considerada insuficiente, incompleta ou até mesmo equivocada, não se pode afirmar categoricamente que o Espírito que age nesse segmento ‘é um demônio’”, declarou o pastor.

ANÚNCIO

Vargens também destacou que considera a afirmação de Badini um erro teológico e um ataque desnecessário a irmãos em Cristo:

“Chamado de hiper-calvinista — honra grande demais para alguém que provavelmente nem compreende o que isso significa —, ele repete o erro dos fariseus. Afirmar que os pentecostais são guiados por demônios não apenas ofende grosseiramente irmãos em Cristo, mas também pode configurar uma blasfêmia contra o Espírito Santo”, alertou.

ANÚNCIO

Diante da repercussão, Hugo Badini utilizou seus Stories no Instagram para se defender das críticas. Ele rejeitou as acusações de blasfêmia e afirmou: “Essas pessoas que estão me acusando de blasfêmia só queriam me torturar mesmo, e como não podem, se fascinam com a imaginação de me ver no inferno”.

O escritor também indicou que não teme sofrer qualquer condenação espiritual por suas declarações: “Vocês me verão assentado à direita de Deus na eternidade”, afirmou.

ANÚNCIO

A controvérsia evidencia a tensão teológica existente entre diferentes correntes dentro do cristianismo evangélico no Brasil, especialmente entre setores reformados e pentecostais. A doutrina pentecostal sobre a ação do Espírito Santo se baseia em passagens bíblicas como Atos 2:1-4 e Marcos 16:17, enquanto o debate sobre discernimento espiritual e atribuição de obras a espíritos malignos remete a advertências como a de Mateus 12:31-32, onde Jesus alerta sobre o perigo da blasfêmia contra o Espírito Santo.

ANÚNCIO

Trending