Primeira ‘igreja de Lúcifer’ do Nordeste incomoda moradores

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A inauguração da primeira instituição satanista do Nordeste, em Fortaleza, tem gerado polêmica entre os moradores da capital do Ceará. O local, que realiza rituais de quimbanda e missas negras, está em funcionamento há um ano no bairro Benfica, sob a liderança de Paulo Padilha, que se apresenta como sacerdote-bruxo.

Nas redes sociais, a organização divulgou um convite público para novos membros, destacando promessas de sucesso em amarrações amorosas. O fato provocou reações entre internautas, muitos dos quais manifestaram preocupação sobre possíveis influências negativas na região.

Uma usuária questionou nos comentários: “Amarrações amorosas? Onde isso é saudável? No mínimo, as consequências são adultério e divórcio por adultério”. Outra escreveu: “Jesus está voltando, os sinais estão claros”. Também houve quem citasse um versículo bíblico: “Vão pedir proteção a ele que veio para roubar, matar e destruir”.

Controvérsia com termo ‘igreja’

Em janeiro de 2024, outra instituição semelhante, a “Igreja da Pombagira”, foi inaugurada em Porto Alegre (RS), também com práticas ligadas a religiões de matriz africana. O uso do termo “Igreja” gerou debate, já que tradicionalmente é associado ao cristianismo, incluindo denominações evangélicas, protestantes, católicas e ortodoxas.

Críticas sobre a apropriação da terminologia cristã foram frequentes. “Igreja só existe a que Jesus nos deixou”, comentou um usuário em um vídeo do influenciador Vinicius da Ilha. Outra internauta declarou: “Deus está mostrando as obras de Satanás que antes viviam ocultas. Estamos vivendo os últimos dias. Eu e minha família serviremos ao Senhor”.

Lideranças religiosas se manifestam

O pastor João Antônio de Souza Filho, ao comentar sobre o aumento de instituições satanistas no Brasil, afirmou que tais iniciativas não afetam a Igreja. “É só mais uma presença dele aqui no nosso estado”, disse em um vídeo publicado no Instagram, referindo-se também à construção de uma estátua de Lúcifer em Gravataí (RS).

“Isso vai deixar a Igreja mais forte, mais dinâmica, mais guerreira. Então, não se preocupe com essas manifestações”, declarou o pastor. Ele citou ainda a história da Igreja de Satanás em São Francisco, nos Estados Unidos, onde, apesar da presença do ocultismo, as igrejas cristãs seguiram firmes.

“Vamos sofrer fortes opressões espirituais, mas maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo”, afirmou, citando 1 João 4:4. Ele concluiu encorajando os cristãos a intensificarem a oração, o jejum e o fortalecimento espiritual.