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Professora que se recusa a mentir aos pais sobre identidades de gênero ganha batalha judicial

Professoras da Califórnia obtém vitória legal contra política que exigia que mentissem aos pais sobre identidade de gênero de crianças.

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Manifestantes em favor da ideologia de gênero (Foto: Timothy D. Easley/AP)

A professora Lori Ann West, do Distrito Escolar da União de Escondido, Califórnia, entrou como uma ação judicial para interromper uma política que exigia que os educadores mentissem para os pais sobre as identidades de gênero de seus filhos. Ela obteve uma vitória legal significativa, uma liminar preliminar que proíbe a aplicação da política enquanto o caso segue na justiça.

West, uma professora de educação física que leciona no distrito desde 1994, disse que os problemas começaram em fevereiro de 2022, quando ela e outros professores passaram por um treinamento que os encorajava a “excluir os pais”. Ela argumenta que é importante trabalhar em parceria com os pais, pois eles têm o direito e a responsabilidade de criar seus filhos “como acharem melhor”.

“Ouvir outro professor que havia sido formalmente disciplinado me fez pensar: ‘Bem, estou no caminho para perder meu emprego se não seguir essa política e não concordo com ela’. Então, isso te coloca em uma má posição. Não quero perder meu emprego. Amo meu trabalho. Amo meus alunos. Quero estar lá, e foi meio que ‘escolha sua fé ou escolha seu emprego’ – e essa é uma posição terrível para se estar”, conta.

Logo, ela se encontrou em apuros por “equivocar-se” quanto ao gênero de um aluno e começou a temer que em breve enfrentaria “disciplina”. Foi quando decidiu agir. West e Elizabeth Mirabelli, outra educadora, decidiram lutar contra a política, embarcando em uma jornada que atraiu atenção nacional.

De acordo com Paul Jonna, conselheiro especial da Thomas More Society, o escritório de advocacia que representa as educadoras, a liminar, a mais recente reviravolta no caso, é significativa. Ele aponta que, frequentemente, os tribunais estão sinalizando como vão decidir ao final do caso.

“Isso é realmente muito importante. Antes de obter uma liminar preliminar, o tribunal precisa determinar que você tem probabilidade de prevalecer quanto ao mérito do caso; eles não concedem uma liminar facilmente. É um remédio muito difícil de obter”, apontou.

Segundo Faith Wire, Jonna disse que o caso poderia estabelecer um quadro nacional pelo qual os tribunais em todo os EUA possam encontrar um caminho para resolver reclamações semelhantes em outros distritos. Quanto a West, ela disse que o caso tem sido desafiador e teve um impacto negativo tanto nela quanto em Mirabelli.

Apesar de receber feedback positivo dos apoiadores, ela disse que alguns colegas de trabalho se voltaram contra elas, tornando seus “protestos claros e estridentes”. West não trabalha desde maio, mas espera voltar à Rincon Middle School agora que ela e Mirabelli garantiram a liminar preliminar. Ela  incentivou as mães e os pais a se manifestarem e a se pronunciarem sobre o assunto.

“Usem suas vozes, pais. Por favor, use sua voz, dê um passo à frente, vá às reuniões do conselho escolar. Precisamos substituir os membros do conselho escolar. Precisamos mudar toda a cultura das escolas públicas”, concluiu.

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